Homem-bomba mata sete perto de quartel do presidente no Paquistão

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Um ataque suicida matou nesta terça-feira ao menos sete pessoas a menos de um quilômetro do quartel militar do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, em Rawalpindi (nos arredores da capital, Islamabad). Segundo o vice-ministro da Informação, Tariq Azim Khan, Musharraf estava em segurança em seu gabinete no momento da explosão. O presidente, aliado dos Estados Unidos, já sobreviveu a ao menos três tentativas de assassinato.

Entre os mortos está o próprio homem-bomba, três policiais e três pessoas que passavam pelo local. Onze pessoas ficaram feridas. Os policiais trabalhavam em um posto de controle na rua que leva ao quartel quando o homem, que passava a pé, detonou os explosivos.

- Nossos policiais questionaram o agressor, que se explodiu perto de seu posto - afirmou o chefe policial Saud Aziz. - A polícia era o alvo.

Os ataques contra as forças de segurança multiplicaram-se no país desde que os paquistaneses invadiram, em julho, a Mesquita Vermelha, localizada em Islamabad, para combater um grupo de extremistas inspirados nas guerrilhas Talibãs. Os rebeldes mantinham reféns dentro do templo, na tentativa de forças a adoção de leis islâmicas no país. Depois de dias de negociação, até 300 pessoas podem ter sido mortas na operação contra os extremistas. Mais de cem foram mortas nos confrontos que se seguiram.

Em outro episódio de violência no país, um ataque cometido possivelmente por dois homens-bomba matou 139 pessoas em Karachi durante um evento para saudar a volta do exílio da ex-premier Benazir Bhutto, no último dia 18. Ela escapou ilesa e permanece no país.

Assim com Musharraf, Bhutto é vista como aliada do Ocidente. Antiga crítica do atual governo, a ex-premier pode dividir poder com o atual presidente no próximo governo, que deve ser escolhido no fim deste ano. Musharraf já foi alvo de pelo menos três atentados: dois em dezembro de 2003 e um em julho, quando seu avião deixava o aeroporto de Rawalpindi.