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As autoridades alemãs acusaram nesta terça-feira (1º) um dinamarquês de atuar como espião do regime do Irã ao coletar informações sobre judeus e locais judaicos em Berlim, em uma operação que reacende o temor de novos ataques antissemitas patrocinados por Teerã no coração da Europa.
Segundo a Promotoria Federal da Alemanha, o suspeito, identificado apenas como Ali S., foi preso na cidade de Aarhus, na Dinamarca, na última quinta-feira (26), após investigações apontarem seu envolvimento com a inteligência iraniana desde o início deste ano.
De acordo com o comunicado oficial, Ali S. teria recebido a missão de “recolher informações sobre localidades judaicas e indivíduos judeus específicos” na capital alemã. As investigações indicam que ele chegou a monitorar ao menos três propriedades em junho, “presumivelmente em preparação para futuras atividades de inteligência na Alemanha, possivelmente incluindo ataques terroristas contra alvos judaicos”.
A operação foi resultado de uma ação conjunta entre as autoridades alemãs e dinamarquesas, a partir de informações fornecidas pelo serviço de inteligência doméstica da Alemanha. O objetivo era impedir que possíveis atentados ocorressem em solo europeu, ampliando a vigilância sobre tentativas de agentes estrangeiros de ameaçar comunidades judaicas.
O suspeito, que ainda está na Dinamarca, agora aguarda extradição para a Alemanha, onde será apresentado à Justiça que irá decidir se ele permanece sob custódia enquanto responde formalmente às acusações de colaborar com um serviço de inteligência estrangeiro. As autoridades não informaram quando a extradição será concluída.
