
Um ex-policial alemão foi condenado nesta terça-feira (12) a pagar uma multa de 900 euros (cerca de R$ 2.540) por ter arrancado a cabeça de uma estátua de cera do ex-ditador Adolf Hitler, que estava exposta no Museu Madame Tussaud de Berlim.
O homem identificado apenas como Frank L., de 42 anos, foi considerado culpado por danos materiais e também por ferir um segurança.
O ex-policial arrancou a cabeça da réplica em 5 de julho de 2008, dia da inauguração do museu. Minutos depois da abertura, ele empurrou dois guardas, foi até a figura e arrancou sua cabeça, aos gritos de "Guerra, nunca mais!", segundo a polícia.
Alertados, os policiais prenderam o homem, que não ofereceu resistência.
Segundo a direção do Madame Tussaud, a estátua custou 200 mil euros, e os reparos ficaram em 6.300 euros, embora o autor do "atentado" tenha ficado livre de pagar a despesa.
Depois do incidente, o museu fez modificações na obra e a colocou atrás de um vidro blindado.
Polêmica A figura de cera de Hitler escondido em um bunker durante seus últimos dias de vida (ele se matou em 30 de abril de 1945) foi criticada e considerada de mau gosto pela imprensa e por políticos alemães.
Com ar derrotado, o "Führer" do museu berlinense tem um aspecto degradado em comparação a sua cópia mais jovial apresentada no museu Madame Tussauds de Londres.
Antes da abertura, a porta-voz do museu berlinense, Natalie Ruoss, defendeu a decisão: "está claro que queremos representar a história alemã. Seria difícil para nós excluí-lo. Queremos mostrar a realidade".



