Cidade do Vaticano - A Igreja Católica é a favor da descriminalização do homossexualismo, ou seja, é contra que gays sejam encarcerados, julgados e punidos por serem homossexuais, disse ontem o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, em declarações reproduzidas pela agência Ansa da Itália. Ele ressaltou, no entanto, que a Igreja é contra o casamento gay. "O matrimônio entre homem e mulher é o único que a Igreja apóia, e não aceita colocar no mesmo patamar casamentos entre pessoas do mesmo sexo", disse Lombardi.
"A Igreja é a favor da descriminalização da homossexualidade, ela não apóia leis penais que considerem crime a homossexualidade", disse.
Em vários países islâmicos regidos pela Sharia, a lei islâmica, o homossexualismo é crime. Lombardi deu a declaração no contexto de críticas recentes feitas por grupos de defesa dos direitos dos gays, de que a Igreja não apoiaria o fim da descriminalização da homossexualidade em vários países.
Em 1º de dezembro, no entanto, o arcebispo Celestino Migliore, observador permanente do Vaticano nas Nações Unidas, fez declarações contrárias ao documento que a França deve apresentar perante a ONU em nome da União Européia para descriminalizar o homossexualismo no mundo.
"O documento da França não foi ainda apresentado e é preciso saber do que se trata. Por isso não é o caso de construir polêmicas por um objeto que não está claro e que parece que não será submetido à votação na próxima assembléia da ONU", assinalou Lombardi.



