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Diplomacia

Honduras se reaproxima da OEA

Retorno do ex-presidente Zelaya, depois de 16 meses de exílio, foi garantido por um acordo que abriu também a chance de reintegração do país

Zelaya, quando estava refugiado na embaixada  do Brasil na capital de Honduras. Ex-presidente deve retornar ao seu país amanhã | Orlando Sierra/AFP
Zelaya, quando estava refugiado na embaixada do Brasil na capital de Honduras. Ex-presidente deve retornar ao seu país amanhã (Foto: Orlando Sierra/AFP)

O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, elogiou ontem a assinatura do acordo que permitiu o re­­torno do ex-presidente Manuel Zelaya a Honduras e afirmou que, na próxima semana, o país deve ser reintegrado à Organização dos Estados Americanos (OEA).

O país está suspenso da OEA desde julho de 2009, quando um golpe derrubou o então presidente do país, Manuel Zelaya. Segun­­do Patriota, a situação de Hondu­­ras será tratada em assembleia extraordinária da organização, na semana que vem. "Isso deverá selar a reincorporação de Hon­­duras ao convívio interamericano e internacional", disse o ministro.

O Brasil foi convidado para ir a Tegucigalpa acompanhar o retorno de Zelaya, previsto para amanhã. O assessor especial de As­­suntos Internacionais da Pre­­si­­dên­­cia, Marco Aurélio Gar­­cia, vai representar o governo brasileiro.

"Vou lá simplesmente acompanhar essa missão de funcionários latino-americanos, e com isso celebrar o acordo pelo qual estamos lutando há tanto tempo. Acho que em seguida Honduras será reintegrada à OEA", afirmou Garcia.

Exílio

Zelaya retorna a Tegucigalpa de­­pois de um exílio de 16 meses na República Dominicana, para vol­­tar a viver em seu país natal. Des­­sa forma, Zelaya rechaçou a versão de simpatizantes, segundo os quais o ex-líder voltará a Hon­­duras neste sábado apenas por dois dias.

"Retorno no sábado para mi­­nha pátria, a que me viu nascer, não por uma semana nem por 24 horas, como se disse erradamente, mas sim pelo resto de minha vida", afirmou Zelaya em mensagem enviada a seguidores. "Não tenho medo dos riscos e adversidades."

Segurança

O presidente do Comitê de Di­­reitos Humanos do país e amigo de Zelaya, Andrés Pavón, anunciou na última quarta-feira que o ex-presidente voltará para uma sondagem, que duraria somente um dia ou pouco mais, para logo depois voltar para a República Domi­nicana. O motivo seria confirmar se há "garantia para segurança pessoal prometida pelas autoridades". A volta de Zelaya é prevista pe­­lo Acordo de Cartagena das Índias, firmado no domingo pelo presidente hondurenho, Porfirio Lobo, e pelos presidentes da Colômbia, Juan Manuel Santos, e da Vene­­zuela, Hugo Chávez.

Com o acordo, ficou aberto o caminho para a repatriação de Zelaya e o retorno de Honduras para a OEA.

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