A Colômbia não fez esforços suficientes para combater as quadrilhas paramilitares e, inclusive, algumas forças de segurança são tolerantes frente a esses grupos responsáveis por violações aos direitos humanos, denunciou nesta quarta-feira a Human Rights Watch.
Em seu relatório "Herdeiros dos Paramilitares: a Nova Cara da Violência na Colômbia", o grupo advertiu para o impacto que a situação poderia ter na intenção da Colômbia de que o Congresso dos Estados Unidos ratifique um Tratado de Livre Comércio assinado entre os dois países.
"O governo de Uribe não abordou o surgimento dos grupos sucessores com a seriedade que esse problema merece", disse o diretor para as Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco.
"O governo tomou algumas medidas para enfrentá-los, mas não fez um esforço sustentado e significativo por proteger os civis, investigar as redes criminais desses grupos e identificar seus cúmplices e bens", acrescentou.
Segundo o relatório, as estruturas paramilitares são responsáveis por assassinatos, massacres, deslocamentos forçados, estupro e extorsão, e provocam um clima de ameaça contra as comunidades sob sua influência.
Entre 2003 e 2006, o governo do presidente Álvaro Uribe manteve uma negociação de paz com as quadrilhas paramilitares de ultradireita, responsáveis por milhares de assassinatos e abusos contra civis em meio à sua guerra contra os rebeldes de esquerda, que permitiu que mais de 30 mil combatentes entregassem armas e se desmobilizassem.
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