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Iêmen ataca Al Qaeda; Grã-Bretanha suspende voos do país

Casa de um terrorista da organização terrorista teria sido alvejada por um bombardeio. Aviões de aérea imenita precisam pousar em outro país antes de seguirem para a Grã-Bretanha

Aviões militares iemenitas atacaram nesta quarta-feira a residência rural de um dirigente da Al Qaeda, ampliando a ofensiva contra militantes cuja presença no país causa alarme entre os governos ocidentais.

Em Londres, o governo britânico anunciou a suspensão de voos diretos da empresa aérea nacional iemenita para a Grã-Bretanha, alegando razões de segurança.

O Iêmen declarou guerra à Al Qaeda na semana passada, reagindo à pressão externa que vinha sofrendo desde que o grupo reivindicou a autoria pelo frustrado atentado do dia de Natal em um voo Amsterdã-Detroit.

"A casa do terrorista Ayed Al Shabwani foi alvejada em um bombardeio aéreo hoje", disse uma fonte oficial à Reuters. Não ficou claro se Shabwani estava na casa, na cidade de Maarib, a leste da capital.

Um funcionário do setor de segurança disse que militantes usavam a propriedade rural para organizar ataques contra turistas estrangeiros, instalações elétricas e oleodutos.

"Estavam até atirando em aviões que voavam em missões de treinamento na região", disse essa fonte não-identificada à agência de notícias Saba, acrescentando que os resultados do bombardeio de quarta-feira ainda estão sendo avaliados.

O governo chegou a anunciar a morte de Shabwani em um bombardeio anterior na semana passada, mas a Al Qaeda negou que seus membros tenham sido mortos.

Separadamente, a imprensa local disse que forças iemenitas mataram a tiros um combatente da Al Qaeda que teria tentado furtar um veículo oficial.

Governos ocidentais temem que a chamada Al Qaeda na Península Arábica assuma uma relevância cada vez maior, diante da repressão ao grupo no Afeganistão e no Paquistão. O Iêmen, país mais pobre da Península Arábica, já enfrenta uma rebelião xiita no norte e um movimento separatista no sul.

Nesse cenário de instabilidade, o Banco Central iemenita disse ter injetado 150 milhões de dólares em seu mercado cambial, mas fontes do mercado disseram que a intervenção não evitou que o rial local caísse ao seu menor nível dos últimos anos.

Em Londres, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou ao Parlamento britânico medidas para reforçar a segurança nas fronteiras. "Sabemos que um número de células terroristas está ativamente tentando atacar a Grã-Bretanha e outros países", afirmou.

A Grã-Bretanha informou à companhia Yemenia que seus aviões precisam pousar em um terceiro país para fazer verificações de segurança antes de se dirigirem a Londres, disse à Reuters um funcionário da empresa em Sanaa.

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