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Imagem mostra a jovem palestina na mira de um dos soldados israelenses. Ação terminou na morte de Hadeel al-Hashlamon | HANDOUT/REUTERS
Imagem mostra a jovem palestina na mira de um dos soldados israelenses. Ação terminou na morte de Hadeel al-Hashlamon| Foto: HANDOUT/REUTERS

Uma série de imagens de uma jovem palestina que foi morta por soldados israelenses nesta terça-feira (22), na Cisjordânia, chocou o mundo. Nas fotos, a estudante universitária de 18 anos Hadeel al-Hashlamon aparece cercada por dois soldados armados e em uma situação aparentemente indefesa. Segundos depois, porém, ela foi baleada e morta em circunstâncias ainda não esclarecidas.

Outro ângulo mostra um segundo soldado armado e um terceiro homem falando com a jovemHANDOUT/REUTERS

As autoridades israelenses admitiram ter disparado contra a jovem, alegando que Hadeel havia tentado esfaquear um soldado em um posto de controle. Como ela usava burca, vestimenta muçulmana que cobre o corpo todo, não é possível constatar pelas imagens se portava algum armamento.

Ela foi levada para um hospital israelense em estado crítico e morreu em decorrência dos ferimentos. O soldado não foi ferido.

A explicação, no entanto, vem sendo contestada por testemunhas. Um homem ouvido pelo jornal “The New York Times” disse que ela estava tentando mostrar ao soldado o que havia em sua bolsa no momento dos disparos.

Outra testemunha disse que a jovem parecia em estado de choque, até mesmo quando um dos soldados atirou em seu pé -- os soldados pediram para que ela tirasse o véu e mostrasse o que tinha na bolsa, segundo relatos, mas ela pareceu não entender, declarou a testemunha.

“Mesmo se ela estivesse com uma faca, ela teria que pular uma barreira de um metro para atacar o soldado”, contestou a testemunha ao jornal norte-americano.

A mídia palestina critica ainda o exagero na ação. Segundo alguns jornais, a garota recebeu dez tiros.

O caso ocorreu na cidade de Hebron, na Cisjordânia, em um momento de tensão desencadeado por feriados sagrados para judeus e muçulmanos. O ponto mais crítico é a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. O local é conhecido por judeus como Monte do Templo e como O Nobre Santuário, por muçulmanos. Na semana passada, palestinos se entrincheiraram no templo e entraram em confronto com a polícia, atirando pedras e fogos de artifício.

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