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A imagem dos Estados Unidos se deteriorou em todo o mundo no ano passado, por causa de questões como o Iraque e a prisão na base militar de Guantánamo, segundo pesquisa do BBC divulgada nesta terça-feira (23).

A proporção de pessoas que acreditam que os Estados Unidos têm uma influência positiva nas questões mundiais caiu sete pontos na comparação com o ano anterior - de 36 para 29% - segundo os resultados dos 18 países pesquisados e que já haviam sido parte do levantamento no ano anterior.

Cinquenta e dois por cento acreditam que a influência norte-americana é principalmente negativa, contra os 47% de um ano antes.

O levantamento, divulgado no mesmo dia que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, faz seu discurso sobre o Estado da União no Congresso, mostrou uma grande discordância com a política norte-americana para o Iraque.

Discrepâncias

No total, 26.381 pessoas foram entrevistadas em 25 países. Quase três de cada quatro entrevistados desaprovaram a política norte-americana para o Iraque, enquanto dois terços discordaram da maneira com que os EUA lidam com os suspeitos de terrorismo na base militar da baía de Guantánamo.

Sessenta e cinco por cento desaprovaram a política dos Estados Unidos durante a guerra entre Israel e Hezbollah, no ano passado. Sessenta por cento discordam da maneira que os EUA lidam com o programa nuclear iraniano, 56 por cento da posição do país com relação ao aquecimento global e 54 por cento da política do país para a questão nuclear norte-coreana.

Mais de dois terços acreditam que a presença militar norte-americana no Oriente Médio causa mais conflitos do que os evita, e somente 17 por cento dos entrevistados acreditam que as tropas dos Estados Unidos são uma força estabilizadora.

A pesquisa mostrou ainda que a opinião pública norte-americana também parece ter sérias dúvidas sobre a política externa dos EUA. A maioria dos norte-americanos desaprova a maneira que o país lida com a guerra no Iraque (57%) e com o aquecimento global (54%), enquanto metade desaprova as políticas dos EUA para Guantánamo e para o Irã.

Cinquenta e três por cento dos norte-americanos também acreditam que a presença militar do país no Oriente Médio "provoca mais conflitos do que evita".

A pesquisa, realizada entre 3 de novembro e 9 de janeiro, entrevistou pessoas na Argentina, Austrália, Brasil, Chile, China, Egito, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Indonésia, Itália, Quênia, Líbano, México, Nigéria, Filipinas, Polônia, Portugal, Rússia, Coréia do Sul, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.

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