
Um incêndio que já dura três dias e consumiu 8 mil hectares de floresta algo como 8 mil campos de futebol forçou ontem a retirada de cerca de 700 turistas da Patagônia chilena. Com o fogo fora do controle, as autoridades cogitam pedir ajuda internacional e, segundo o jornal El Mercurio, já entraram em contato com Brasil, EUA e Austrália.
De acordo com o diretor da Secretaria Nacional de Emergência do Chile (Onemi), Vicente Núñez, o acesso de turistas à região está proibido até novas instruções.
O presidente Sebastián Piñera iria ontem aos escritórios da agência para ajudar a coordenar as tarefas de combate ao incêndio, onde já estão vários ministros. "Esta situação corresponde a um incêndio de características extremas, principalmente por conta das condições de topografia, fortes ventos e o estado de vegetação altamente combustível", explicou Vicente Núñez.
O combate ao fogo, que vinha sendo feito com ajuda de 120 voluntários, deveria ter o aparato dobrado ontem, com a incorporação de funcionários da Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), membros do Exército e bombeiros.
Integrantes dos serviços de emergência da Argentina já se juntaram aos chilenos para tentar apagar as chamas que atingem o Parque Nacional Torres del Paine, um dos principais pontos turísticos do Chile, localizado no extremo sul do país.
O serviço meteorológico previu uma precipitação entre 10 e 15 milímetros, entre a tarde de ontem e a madrugada de hoje, o que poderia ajudar a evitar a propagação das chamas. O tempo seco e os ventos, às vezes de 120 km/h, ajudam a espalhar o fogo e dificultam o combate.
O ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, diz que a possibilidade de que o incêndio tenha sido causado por uma pessoa é grande.



