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Um incêndio manterá paralisadas pelo menos até o fim de semana as operações de carga e descarga de petróleo em um importante terminal da venezuelana PDVSA em Bonaire, disse na quinta-feira um gerente da unidade.

Uma tempestade com raios causou na quarta-feira o incêndio em 2 dos 23 tanques da Bopec (Bonaire Petroleum Corporation), onde a estatal PDVSA armazena até 12 milhões de barris de petróleo e derivados para os mercados chinês e norte-americano. Bonaire é uma possessão holandesa no Caribe, a poucos quilômetros da costa venezuelana.

"Com certeza nem hoje nem amanhã vamos atender nenhum barco", disse Francis Domacasse, gerente do atracadouro da Bopec. Ele acrescentou que um dos tanques continua em chamas, mas que não há risco a outras instalações. As autoridades esperam que o incêndio restante se extinga sozinho nas próximas horas, depois de consumir os 200 mil barris (31,8 milhões de litros) de nafta ali armazenados.

O governo local alertou para o risco de contaminação ambiental por causa da emanação de gases e substâncias químicas, e pediu à população que se afaste da região. As autoridades disseram que a Bopec não tinha capacidade de combater um incêndio dessas proporções, e os bombeiros aguardam a chegada de mais espuma antichamas, num carregamento vindo da vizinha Curaçao. Testemunhas dizem que o calor é intenso nos arredores do terminal.

Bonaire é um popular destino turístico no Caribe, conhecido por suas praias de areia branca e águas cristalinas, com recifes de corais que atraem mergulhadores do mundo inteiro.

A nafta, um petroquímico utilizado normalmente para a produção de gasolina e resinas plásticas, é armazenada pela PDVSA em alguns de seus tanques de reserva na Bopec para atender às demandas do mercado doméstico venezuelano.

Nenhum porta-voz da PDVSA esteve disponível para explicar detalhes dos danos causados pelo incêndio, e a empresa não participou da entrevista coletiva convocada pelo governo de Bonaire.

A Bopec, junto aos terminais Borco (Bahamas) e Isla (Curaçao), integra o coração da logística de transporte da PDVSA para o mercado asiático.

Na tarde de quinta-feira, outro incêndio foi declarado em um tanque do terminal da PDVSA em Curaçao, com capacidade para 750 mil barris, mas o fogo foi rapidamente controlado. A instalação também foi atingida por raios.O circuito nacional de refino da PDVSA tem sofrido constantes paradas programadas e fortuitas nos últimos anos, que a obrigam a importar componentes para elaborar derivados destinados tanto ao mercado interno quanto à exportação.

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