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| Foto: JUSTIN SULLIVAN/AFP

Os devastadores incêndios na Califórnia causaram a morte de ao menos 71 pessoas e há mais de mil desaparecidas, informaram autoridades americanas. O incêndio Camp, que começou há mais de uma semana na localidade de Paradise, no norte do estado, destruiu cerca de 57.500 hectares.

No sul do Estado, próximo a Los Angeles, outro incêndio, conhecido como Woolsey, destruiu quase 40 mil hectares e devastou áreas de Malibu e destruiu as casas de várias celebridades. Cerca de 9 mil bombeiros foram mobilizados nas duas frentes de fogo e dezenas de milhares de moradores foram retirados de suas casas.

Abrigos de emergência instalados em igrejas, escolas e centros comunitários estão sendo utilizados para levar as famílias. As equipes de buscas estão usando cães em áreas destruídas pelo fogo à procura de corpos.

A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump é esperado no estado neste sábado (17) e se encontrará com bombeiros e familiares das vítimas. Nesta sexta-feira (16), em sua conta oficial no Twitter, Trump agradeceu os esforços do governador da Califórnia, Jerry Brown, e disse que neste sábado estariam juntos.

A presidência não anunciou a agenda da visita, a segunda do presidente do reduto democrata da Califórnia, desde a sua chegada ao poder em janeiro de 2017. O estado faz oposição a Trump em muitas frentes, da imigração e meio ambiente até a regulamentação do porte de armas de fogo.

A Califórnia, estado mais populoso do país, é também aquele com mais imigrantes indocumentados, alvos frequentes do presidente. Depois que os incêndios tiveram início, Trump denunciou a má gestão das florestas pelas autoridades da Califórnia; no entanto, a maior parte delas está sob controle federal. Ele também ameaçou cortar os fundos federais, enquanto o Congresso destinou um orçamento de US$ 2 bilhões para a luta contra os incêndios florestais no ano fiscal de 2018.

Posteriormente, porém, o presidente mudou de tom e declarou uma “grande catástrofe” na Califórnia, saudou o trabalho dos bombeiros e mostrou à população seu apoio, dizendo que havia falado com o governador Jerry Brown sobre a tragédia.

Mas, na sexta-feira, novamente subiu o tom para destacar a ausência, segundo ele, da limpeza preventiva em áreas florestais. “Se a área de fogo em Paradise tivesse sido limpa, não haveria fogo”, disse ele à Fox News. “As mudanças climáticas podem ter contribuído um pouco para o avanço brutal do incêndio, mas o principal problema é a gestão ambiental”, acrescentou ele.

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