Bangalore, Índia Um foguete que carregava o satélite mais pesado da Índia se desintegrou em uma bola de fumaça e chamas 30 segundos após ser lançado ontem, no que representou um duro golpe para o ambicioso programa espacial do país. O foguete de 49 metros foi lançado às 9h05 de Brasília de uma ilha em frente à costa do estado de Andhra Pradesh (sudeste), mas saiu do curso e explodiu.
Outro fracasso havia ocorrido no fim de semana: o teste do míssil balístico Agni III o mais sofisticado míssil de longo alcance indiano, com capacidade nuclear. O míssil foi lançado domingo de manhã e caiu caindo nas águas do Golfo da Bengala. Dos 3,5 mil quilômetros planejados, apenas 1 mil foram percorridos. Os motivos ainda são investigados.
O fracasso de ontem também não foi explicado. "Um problema ocorreu no primeiro estágio da separação e levará algum tempo para que saibamos o que saiu mal", disse Madhavan Nair, chefe da Organização de Pesquisa Espacial Indiana (ISRO). "Temos que analisar a seqüência de eventos para ver o que aconteceu", acrescentou.
O foguete com o satélite, que foi lançado do Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, na Baía de Bengala, levava um satélite de 2.168 quilos que seria colocado em órbita estacionária a 36 mil quilômetros da Terra.
Uma versão similar do Veículo Lançador de Satélite Geosynchronous conseguiu colocar um satélite em órbita em 2004. O que se desintegrou ontem foi lançado com a idéia de aumentar sua capacidade para além das quatro toneladas.
A Índia prevê investir US$ 542 milhões para efetuar quatro lançamentos de satélites por ano. O país tem nove satélites de comunicação e 175 foguetes operacionais e dispõe do maior sistema de comunicação por satélite da região Ásia-Pacífico e do maior conjunto civil de satélites de sensoriamento remoto.



