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Um juiz federal do estado americano da Virgínia sentenciou nesta quarta-feira (7) um indiano com cidadania americana a 30 anos e quatro meses de prisão por ter enviado recursos para o grupo terrorista Estado Islâmico.
Mohammed Azharuddin Chhipa, de 35 anos, morador da cidade de Springfield, na Virgínia, havia sido considerado culpado por um júri em dezembro e sua sentença foi anunciada hoje pelo juiz David J. Novak.
Segundo informações do Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês), entre outubro de 2019 e outubro de 2022, Chhipa arrecadou e enviou dinheiro para mulheres membros do Estado Islâmico na Síria, que foi usado para financiar a fuga de prisões e ações do grupo terrorista.
A denúncia apontou que Chhipa arranjava doações por meio de redes sociais, recursos que depois recolhia por meio de transferências eletrônicas ou viajando “centenas de quilômetros” para pegar o dinheiro pessoalmente. Esse dinheiro depois era convertido em criptomoedas e enviado para a Turquia, de onde era repassado para membros do Estado Islâmico na Síria.
De acordo com informações do jornal The Washington Post, Chhipa e Novak discutiram durante a audiência de sentença nesta quarta-feira.
Chhipa reclamou que ele e sua esposa, Allison Fluke-Ekren, que se declarou culpada em outro processo e está cumprindo 20 anos de prisão por liderar um batalhão feminino do Estado Islâmico que treinou mulheres e meninas para ataques suicidas, não estavam recebendo permissão para falar com os filhos dela.
Chhipa negou as acusações contra ele e chamou o governo americano de “hipócrita”, “tirânico” e “injusto”, e Novak o interrompeu, dizendo que a audiência não era o local apropriado para ele “reclamar dos Estados Unidos da América”.
O juiz acrescentou que Chhipa recebeu a cidadania americana após migrar para os Estados Unidos com a família aos quatro anos de idade. Houve confusão ao fim da audiência e um dos irmãos do acusado, Irfan Chhipa, foi preso no local.







