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Em um incidente similar a uma agressão sexual que desencadeou protestos em todo o mundo, a polícia indiana informou neste domingo (13) que uma mulher foi estuprada no fim de semana por sete homens após embarcar em um ônibus noturno. Seis homens foram presos, incluindo o motorista do veículo, após o suposto ataque em Gurdaspur, no distrito de Punjab. A polícia ainda procura o sétimo homem que estaria envolvido no caso.

Segundo a polícia, a mulher era a única passageira no ônibus. O motorista e seu ajudante, então, levaram a indiana de 29 anos para um local não revelado onde cinco pessoas se juntaram aos dois homens e a estupraram durante toda a noite.

"Eles me ameaçaram com uma arma afiada e fizeram coisas erradas comigo", disse a vítima a uma afiliada da CNN. "Eles me mantiveram confinada por toda a noite e me forçaram a fazer o que quisessem".

No dia seguinte, os suspeitos deixaram a mulher em sua aldeia, onde ela informou o que acontecera à sua família e alertou a polícia.

As detenções, registradas no sábado (11), ocorreram menos de um mês após outro caso de estupro coletivo em um ônibus que terminou com a morte da vítima. No fim de dezembro, seis homens bêbados estavam em um ônibus quando abordaram uma estudante de fisioterapia de 23 anos e o companheiro de 28 anos. Eles violentaram a moça diversas vezes antes de empurrar o homem do veículo em movimento.

Durante o ataque, a vítima sofreu sérios ferimentos intestinais por ter sido agredida com uma barra de ferro. A vítima morreu duas semanas após o ataque. Centenas de indianos foram às ruas do país em protestos após a morte da jovem.

Cinco suspeitos foram presos e indiciados por homicídio, estupro e sequestro, e podem enfrentar a pena de morte se forem condenados. Os réus, a maioria de comunidades pobres, terão direito a assessoria jurídica do tribunal antes do início do julgamento. Mas juristas dizem que a falta de representação prévia poderá dar margem a recursos em caso de condenação.

O número de estupros registrados na Índia - um país onde um estigma cultural faz com que muitas vítimas evitem denunciar o crime - aumentou drasticamente, de 2.487, em 1971, para 24.206, em 2011, segundo dados oficiais.

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