Robert Gates, indicado para substituir Donald Rumsfeld como secretário da Defesa dos Estados Unidos, afirmou na terça-feira não acreditar que seu país esteja vencendo a guerra no Iraque. Ele passa por uma sabatina no Senado antes de ser confirmado no cargo.
Questionado por um membro do Comitê dos Serviços Armados do Senado sobre se achava que os EUA estavam ganhando a guerra, ele respondeu:
- Não, senhor.
Ele disse ainda que todas as opções para o Iraque "estão na mesa''. Disse também, quanto ao Irã , que um ataque americano teria de ser a última opção.
Enquanto isso, o presidente George W. Bush já tem em mãos uma prévia das recomendações elaboradas pelo grupo bipartidário que estuda novas opções em relação ao Iraque.
Em Bagdá, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri Al-Maliki, anunciou nesta terça-feira a organização de uma "conferência nacional" a ser realizada ainda neste mês.
Al-Maliki fez o anúncio diante da imprensa, dizendo que todos os partidos iraquianos estão convidados, estejam eles dentro ou fora do governo. O objetivo: "acabar com a violência".
Depois do evento, o governo despachará emissários a diferentes países do Oriente Médio para estudar a eventual realização de outra conferência, de caráter regional.
O anúncio do primeiro-ministro para ser uma resposta à proposta do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, de celebrar uma conferência internacional para buscar saídas para o Iraque. Mas Al-Maliki disse que tal evento teria por premissa "a confiscação da vontade do povo iraquiano e dos êxitos obtidos no processo político".
Entrementes, o porta-voz dos americanos no Iraque, general William Caldwell, disse que o governo iraquiano estará comandando suas próprias forças armadas em meados do ano que vem, conforme acordo celebrado entre o presidente George W. Bush e Nouri Al-Maliki.



