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Um navio patrulheiro indonésio encontrou nesta segunda-feira (5) o que seu capitão afirmou que pode ser a cauda da aeronave da AirAsia desaparecida. Se confirmado, o achado é fundamental para as buscas, já que a caixa-preta do avião e gravadores de dados sobre o voo se encontram nesta parte do avião.

"O que nós encontramos tem grandes chances de ser a cauda", afirmou o capitão Yayan Sofyan à imprensa. Entretanto, a agência de busca e resgate indonésia ainda não confirma a informação.

As buscas, que têm sido atrapalhadas pelas condições meteorológicas locais, já encontraram até agora 34 corpos e partes do avião.

Queda

O voo QZ-8501 decolou da cidade de Surabaia às 5h20 locais do dia 28 de dezembro e deveria chegar a Cingapura duas horas depois, mas caiu no mar de Java após 40 minutos de voo.

O avião transportava 162 passageiros, em sua maioria indonesios.

No dia do acidente havia formações de 'cumulus nimbus', nuvens em forma de espiral com ar quente e úmido que geram fortes chuvas e raios.

O piloto chamou a torre de controle na Indonésia quando sobrevoava o mar de Java pelo sul de Bornéu e solicitou permissão para virar à esquerda e subir desde 32 mil pés de altitude até os 38 mil para fugir de uma tempestade.

A permissão foi negada, já que havia outra aeronave nas coordenadas pedidas pelo piloto.

Entretanto, a torre autorizou que o voo subisse para os 34 mil pés instantes depois, mas não conseguiu mais contato com a aeronave.

Estol

De acordo com uma fonte próxima às investigações, dados do radar da aeronave aparentemente mostram que o avião fez uma subida brusca para evitar as tempestades que assolavam a região e ficou num ângulo "inacreditavelmente" inclinado antes da queda.

Possivelmente, a manobra foi além dos limites do Airbus 320.

"Até agora, os números mostrados pelo radar são inacreditavelmente altos. Foi uma subida brusca, muito brusca. Parece estar além dos limites de performance da aeronave", disse.

Fóruns de discussão online entre pilotos discutem sobre supostos dados de um segundo radar, que sugeriria que o avião estaria voando 100 nós abaixo do recomendado e que, por isso, pode ter entrado em estol - situação de perda de sustentação aerodinâmica.

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