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PENA CAPITAL

Indonésia notifica execução iminente de três réus estrangeiros

Rodrigo Gularte ainda não teria sido oficialmente notificado, de acordo com embaixada brasileira em Jacarta

As autoridades da Indonésia deram neste sábado a notificação final prévia à execução de pelo menos três presos que estão no corredor da morte condenados por narcotráfico, informou hoje a imprensa local.

Os australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran, e a filipina Mary Jane Veloso fazem parte do grupo de dez presos que podem ser executados semana que vem.

Por enquanto, não vazou se outros réus também receberam a notificação, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, além de um francês, três nigerianos, um ganês e um indonésio.

Uma porta-voz da embaixada brasileira em Jacarta disse à Agência Efe por telefone que, por enquanto, não conseguiram confirmar se Gularte também recebeu a notificação final.

Chan e Sukumaran foram informados durante uma reunião na penitenciária de Nusakambangan, em Java central, segundo a agência australiana AAP.

Veloso também foi informada de que a execução pode acontecer na próxima terça-feira por um pelotão de fuzilamento, contou a advogada Minnie López à emissora filipina “dzMM”.

Os presos foram informados ao mesmo tempo em que acontecia uma reunião entre advogados e diplomatas dos países envolvidos na cidade de Cilicap com as autoridades indonésias, que ontem ordenaram o início dos preparativos.

Antes deste encontro, o porta-voz da promotoria, Tony Spontana, disse ao grupo australiano News Corp que a notificação obrigatória de 72 horas prévia à execução aconteceria hoje, mas que a execução poderiam demorar mais do que os próximos três dias.

Apesar dos pedidos de clemência de Austrália, Brasil e França, o presidente indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou aceitar o pedido para qualquer um dos condenados.

Em janeiro a Indonésia fuzilou seis traficantes, incluído o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática que teve a intervenção da presidente brasileira, Dilma Rousseff.

A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 após cinco anos de trégua, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, 57 por narcotráfico, dois por terrorismo e 74 por outros delitos. EFE

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