Em mais uma pista que joga nova luz sobre a morte de Alberto Nisman, peritos argentinos concluíram que o computador do promotor morto foi acessado remotamente pelo menos dez vezes. De acordo com o jornal “Clarín”, a data e o horário da máquina foram alterados, e arquivos foram apagados. Especialistas confirmaram, ainda, a presença de um vírus cavalo de troia em seu celular, que também teve informações eliminadas.
Os dados, segundo os peritos, foram excluídos antes de 18 de janeiro, dia em que Nisman foi encontrado morto em seu apartamento em Buenos Aires. Ainda não foi possível precisar o momento exato em que as arquivos foram apagados. Parte da dificuldade deve-se às alterações na configuração de data e hora do computador feitas remotamente, inclusive um dia após a morte do promotor.
Uma hipótese levantada é que os arquivos podem ter sido excluídos após a inserção simultaneamente de três pendrives no notebook de Nisman, encontrado aceso 11 horas após a sua morte. Nesse momento, sua mãe, Sara Garfunkel, ainda não tinha entrado no apartamento e visto seu filho morto no banheiro.
A conexão dos pendrives pode levar a mais informações porque cada dispositivo tem um número de identificação, podendo apontar a quem pertence, destacou o diário argentino.
A eliminação dos dados tanto do notebook como do celular não foi uma operação simples, para qual foi utilizado um software específico. A nova pista chamou atenção dos peritos, que vão preparar um novo relatório para a juíza que cuida do caso na próxima semana.



