O inspetor-chefe da Polícia Judiciária portuguesa Olegário Sousa, o único elo entre a investigação do desaparecimento de Madeleine McCann e os meios de comunicação, foi afastado da função, segundo o diário português "Expresso".
Segundo a rede de TV britânica Sky News, inspetor teria ficado insatisfeito com a forma pela qual os policiais portugueses estavam tratando os pais da menina desaparecida, considerados suspeitos desde a última semana. A TV diz que ele pode ter sido afastado do caso devido a uma série de informações vazadas para a imprensa.
Os jornais portugueses, entretanto, dizem que Sousa desistiu de suas funções se queixando do "nível de informações" sobre o caso que vazavam à imprensa internacional. Em Portugal, as investigações da polícia são sigilosas.
O estopim, segundo o "Expresso", foi quando se divulgou que a PJ já tinha os resultados dos exames realizados em restos de sangue encontrados no carro que havia sido alugado pelos pais de Madeleine. Sousa negou a informação, mas a Sky News o desmentiu, confirmando que os resultados realmente já estavam com a polícia.
Segundo o "Expresso", Sousa havia reclamado que só recebia informações sobre a investigação depois de as pedir aos colegas por ter sido questionado por jornalistas, mais adiantados que ele em muitas situações da investigação.
Oficialmente, diz o "Expresso", a decisão foi tomada pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC), que teria concluído que o trabalho Sousa "já não se justificava", já que o processo foi transmitido ao Ministério Público na semana passada.
Sousa deve voltar à investigação policial. Segundo o "Diário de Notícias", ele havia sido escolhido como porta-voz por falar inglês, ter boa presença física e boa colocação de voz.



