• Carregando...

Nadezhda Tolokonnikova, uma das duas jovens do grupo Pussy Riot presas em 2012, foi transferida para um campo de trabalhos na Sibéria, depois de denunciar que era ameaçada de morte na prisão em que se encontrava, em Moscou. De acordo com o marido da cantora, o local fica na região de Krasnoyarsk (Sibéria Oriental), a 4.400 km de Moscou.

"Ela está exilada no fundo da Sibéria. É um castigo pela repercussão de sua carta que denunciava as ameaças de morte", escreveu Piotr Verzilov no Twitter.

A decisão da transferência foi tomada depois que ela retomou a greve de fome, iniciada no princípio de setembro. Vladimir Lukin, delegado russo para os direitos humanos, assegurou que Nadezhda, de 23 anos, está bem de saúde e foi acompanhada por um médico até o local.

Ela cumpre, com outra colega de grupo, uma pena de dois anos por ter cantado, no início 2012, uma "oração punk" contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Cristo Salvador, em Moscou. Segundo a ativista, as detentas trabalham cerca de 17 horas seguidas, não dormem mais de quatro horas por noite e os agentes usam presidiárias mais antigas para colocar ordem em um sistema que é uma reminiscência da Gulag, sistema penal de trabalho forçado da antiga União Soviética.

Nadezhda deve ser libertada em março, assim como sua colega de banda Maria Alyokhina, que também realizou protestos com greve de fome.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]