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O Irã não vai negociar seu direito de ter um programa nuclear, mas as grandes potências poderão levantar quaisquer questões que quiserem nas futuras conversas, disse um alto funcionário iraniano nesta segunda-feira.

"Não há espaço para barganhar nosso direito soberano, mas quando chegarmos às discussões, todos têm liberdade para fazer qualquer pergunta que desejarem", disse aos repórteres Ali Akbar Salehi, chefe da agência nuclear iraniana, nos bastidores do encontro anual de 150 países-membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

O Irã e as grandes potências, que buscam resolver o impasse sobre o programa nuclear de Teerã, irão iniciar conversas no dia 1o de outubro, o que um alto funcionário dos EUA descreveu nesta segunda-feira como "um primeiro passo importante."

Salehi disse que o Irã dá preferência a um diálogo incondicional e "parece que o ambiente agora é adequado, estamos esperançosos de que o diálogo do próximo mês irá pavimentar o caminho para o futuro", acrescentou Salehi, falando em inglês.

Na semana passada, a República Islâmica entregou um pacote de propostas às potências mundiais, no qual diz estar disposta a discutir o desarmamento global e outras questões internacionais em conversas abrangentes.

O documento não menciona o programa de enriquecimento de urânio do próprio Irã, sob escrutínio da AIEA por conta de seu ocultamento no passado e frequentes obstáculos às inspeções, e autoridades iranianas deixaram claro que essa questão não será negociada.

"Nenhum país barganha seus direitos soberanos. Acreditamos que a tecnologia nuclear, o ciclo completo, a energia nuclear é nosso direito soberano."

"Mas isso não significa que dentro de um panorama mais amplo de discussão de questões nucleares -- desarmamento, uso pacífico de energia nuclear, não-proliferação -- todas essas questões são pertinentes à comunidade internacional."

Indagado se é possível que o Irã se envolva em discussões com as potências a propósito de seu próprio programa nuclear, ele respondeu: "Contanto que esse direito (de um programa nuclear soberano) seja respeitado, não há problema."

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