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polêmica

Irã alerta Alemanha para não pressionar sobre jornalistas presos

Os dois repórteres da revista alemã Bild am Sonntag foram presos enquanto entrevistavam Sajjad Ghaderzadehson, filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher iraniana que foi condenada à morte

O Irã fez um alerta à Alemanha nesta terça-feira para que não faça pressão sobre a República Islâmica pela libertação de dois repórteres alemães detidos enquanto entrevistavam o filho de uma mulher condenada à morte por apedrejamento por adultério.

O chanceler iraniano Ramin Mehmanparast emitiu um alerta após 100 políticos e líderes empresariais alemães terem publicado um apelo ao Irã no domingo pedindo a libertação dos jornalistas, que estão presos no país desde outubro.

"Informamos aos nossos amigos alemães que a estratégia de criar pressão para influenciar a decisão judicial terá o efeito contrário", disse Mehmanparast em entrevista coletiva.

"Estamos alertando que o nosso Judiciário nunca tomará decisões sob esse tipo de pressão. Nosso Judiciário é independente."

Os dois repórteres da revista alemã Bild am Sonntag foram presos enquanto entrevistavam Sajjad Ghaderzadehson, filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher iraniana que foi condenada à morte por adultério.

O caso ganhou grande repercussão internacional e o Brasil chegou a oferecer asilo à Sakineh, mas a proposta foi rejeitada pelo governo do Irã.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, foi um dos membros do governo da chanceler (primeira-ministra) alemã Angela Merkel a se unir a líderes de oposição e celebridades alemãs no apelo ao Irã, publicado em 15 páginas da Bild am Sonntag.

O Irã afirma que os jornalistas da Alemanha não tinham permissão para trabalhar no país.

Sakineh, que está presa, disse a jornalistas no sábado que tinha pedido ao filho que processasse os alemães por terem causado "embaraços" a ela.

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