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abuso

Irã confiscou medalha da prêmio Nobel da Paz, denuncia Noruega

Prêmio foi concedido em 2003 a Shirin Ebadi, por esforços pelos direitos humanos. Ela tem feito críticas a reeleição de Ahmadinejad

As autoridades do Irã confiscaram a medalha da Prêmio Nobel da Paz, Shirin Ebadi, denunciou o governo da Noruega nesta quinta-feira, acusando o Irã de ter cometido o abuso sem precedentes na história da premiação.

AS autoridades norueguesas receberam a informação de que a medalha de Ebadi foi confiscada "mais ou menos na última semana" de uma caixa de segurança num banco no Irã, junto a outros objetos pessoais da vencedora, incluído um diploma que acompanha a medalha, disse a chancelaria da Noruega.

A porta-voz da chancelaria norueguesa, Ragnhild Imerslund, não revelou a fonte da informação, mas a qualificou de confiável. Ela agregou que as autoridades da Noruega estão em contato com Ebadi desde o incidente.

O chanceler da Noruega, Jonas Gahr Stoere, qualificou o incidente de "assombroso" e disse que "foi a primeira vez que um prêmio Nobel da Paz foi confiscado por autoridades nacionais".

A chancelaria da Noruega convocou ontem o encarregado de negócios do Irã em Oslo para protestar contra o confisco, disse Imerslund. A chancelaria também manifestou "grave preocupação" pelo marido de Ebadi, o qual foi detido recentemente em Teerã e "golpeado severamente".

Ebadi, uma advogada especializada em direitos humanos, venceu o prêmio Nobel da Paz de 2003 "por seus esforços em favor da democracia e dos direitos humanos, especialmente dos direitos das mulheres e das crianças, no Irã e no mundo muçulmano em geral" segundo o comunicado do Comitê Norueguês do Nobel, que outorga o prêmio. Ebadi tem viajado ao exterior e criticado a brutal repressão que se seguiu à controversa reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

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