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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou no sábado (7) que os ataques de 11 de setembro de 2001 foram exacerbados, abrindo mais uma frente de atrito com os Estados Unidos dias após o presidente Barack Obama expressar vontade de conversar com o Irã.

Conhecido por sua retórica contra os EUA e Israel, Ahmadinejad também repetiu sua negação do Holocausto.

Ahmadinejad disse que os ataques de 11 de setembro foram usados como desculpa pelos Estados Unidos para invadir o Iraque e o Afeganistão.

Falando em uma conferência em Teerã, ele declarou não haver evidência de que o saldo de mortos no World Trade Center, destruído no atentado em Nova York, foi tão alto quanto o relatado e que "sionistas" foram alertados com antecedência.

"Qual foi a história do 11 de setembro? Durante cinco ou seis dias, e com a ajuda da mídia, eles criaram e prepararam a opinião pública para que todos considerassem um ataque contra o Afeganistão e o Iraque como seu direito", disse em discurso televisionado.

Nenhum "sionista" foi morto no conjunto de edifícios, de acordo com Ahmadinejad, porque "um dia antes foram alertados a não ir para o trabalho".

"Eles anunciaram que 3 mil pessoas foram mortas nesse incidente, mas não houve relatos que relevassem seus nomes. Talvez vocês tenham visto, mas eu não", acrescentou em entrevista à mídia iraniana.

Há uma lista com os mortos de mais de 90 países no 11 de setembro, disponível na Internet.

Um total de 2.995 pessoas perderam a vida nos atentados, incluindo 19 sequestradores e todos os passageiros e tripulantes dos quatro aviões usados no ataque, de acordo com cifras oficiais do governo norte-americano. Os EUA culparam a Al Qaeda, liderada pelo fundamentalista Osama Bin Laden, pelos ataques.

Ahmadinejad acusou o governo dos EUA de exercer maior censura sobre a mídia do que qualquer outro país do mundo.

Ele já havia dito que os ataques de 11 de setembro foram "uma grande fabricação". Neste sábado, o presidente iraniano repetiu que o Holocausto foi inventado para justificar a criação de Israel.

Na semana passada, Ahmadinejad desafiou Obama a um debate na TV sobre temas globais durante sua visita à Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

Obama sinalizou na quinta-feira estar disposto a conversar com a República Islâmica e buscar "uma série de passos claros que consideraríamos suficientes como prova de que não desejam armas nucleares".

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