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A rodada de negociações entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano, que seria realizada no próximo sábado em Roma, foi adiada sem fixar uma data futura por “razões logísticas”, disse o ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr Al Busaidi. “Por razões logísticas, estamos reagendando a reunião entre EUA e Irã, provisoriamente marcada para sábado, 3 de maio. Novas datas serão anunciadas quando houver acordo mútuo”, declarou Busaidi na rede social X – Omã é mediador das rodadas de negociação.
Busaidi não especificou a causa da decisão, embora ela tenha ocorrido no mesmo dia em que o Irã acusou os Estados Unidos de “comportamento contraditório” e “declarações provocativas”. “A responsabilidade pelas consequências e efeitos destrutivos do comportamento contraditório e das declarações provocativas das autoridades americanas em relação ao Irã recairá sobre os EUA”, declarou em comunicado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ismail Baghaei.
Na quarta-feira passada, os EUA impuseram novas sanções contra sete empresas do Irã, da Turquia e dos Emirados Árabes envolvidas na venda de petróleo iraniano, uma medida que faz parte da política de “pressão máxima” do presidente americano, Donald Trump, contra o país. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, também ameaçou o Irã por causa do seu apoio aos houthis do Iêmen. “Estamos vendo seu apoio letal aos houthis. Eles pagarão as consequências em um momento e local de nossa escolha”, escreveu Hegseth na rede social X.
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A advertência de Baghaei foi feita dois dias antes de Irã e EUA realizarem uma nova rodada de negociações em Roma sobre o programa nuclear do Irã, a quarta desde 12 de abril. Os dois países descreveram as três reuniões indiretas mediadas por Omã como positivas, mas enfatizaram que há mais trabalho pela frente.
Trump repetiu ameaças militares contra o Irã se um acordo não for alcançado e reiniciou a chamada “política de pressão máxima” contra Teerã depois de abandonar o pacto nuclear de 2015. Após a saída dos EUA do acordo – que limitava o programa nuclear do Irã em troca da suspensão das sanções –, o Irã acelerou significativamente sua capacidade atômica. Nas negociações, o Irã defende a suspensão das sanções econômicas e apenas a limitação de sua capacidade nuclear, enquanto os EUA também têm como alvo o programa de mísseis do país e seu apoio a grupos regionais, como os houthis do Iêmen.
