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Um dia depois de reativar seu programa nuclear, o Irã adotou um tom mais duro numa reunião de emergência da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, para cuidar da crise. Enquanto o presidente Mahmoud Ahmadinejad dizia por telefone ao secretário-geral da ONU, Kofi Annan, que tinha novas propostas sobre romper o impasse, o principal negociador do país AIEA, em Viena, comunicava aos europeus que o Irã só tem interesse em continuar negociando, se isso se der nos termos que interessam a Teerã.

- Tenho novas iniciativas e propostas que vou apresentar depois que meu gabinete assumir - disse Ahmadinejad, segundo na conversa com Annan.

O presidente também disse que não vê nada de ilegal na decisão iraniana de retomar atividades para enriquecimento de urânio na usina de Isfahan. A usina estava parada sob um acordo firmado com a UE em 2004, em que o Irã concordava com o congelamento temporário de seu programa nuclear, em troca de incentivos econômicos.

Após meses de negociações, em que o Irã acusa a Europa de demorar demais para apresentar suas propostas, a república islâmica elevou a crise a um novo patamar, cumprindo a ameaça de reativar Isfahan. Os Estados Unidos e a Europa têm sérias reservas com relação ao objetivo do programa nuclear iraniano. Washington acusa Teerã de ter como meta a fabricação de armas nucleares, o que o governo iraniano nega.

- Estamos preparados para continuar as negociações com o UE3 (França, Grã-Bretanha e Alemanha) e com a UE - disse o principal representante do Irã na AIEA, Sirus Naseri, a repórteres. - (Mas) não aceitamos mais ser deixados de fora, no frio, à espera de que os europeus venham com uma base plausível para uma solução. Nós podemos negociar com os europeus, com base naquela proposta.

A declaração foi feita logo depois de a reunião da Junta Diretora da AIRA em Viena ser suspensa e seu reinício marcado para quarta-feira à tarde.

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