
Isfahan - O Irã aproveitou o Dia Nacional da Tecnologia Nuclear, que marca o domínio da tecnologia atômica pelo país, para inaugurar o primeiro complexo de produção de urânio combustível. O governo também anunciou que o número de centrífugas na usina de enriquecimento de urânio de Natanz cresceu para 7.000 bem acima das 6.000 anunciadas em fevereiro.
Durante o anúncio, o presidente Mahmoud Ahmadinejad afirmou que seu país está aberto às conversações oferecidas pelos Estados Unidos e outros países sobre seu programa nuclear. No entanto, ele insistiu que o diálogo precisa ser baseado no respeito aos direitos do Irã, sugerindo que o Ocidente não deve forçar Teerã a suspender o enriquecimento de urânio.
Os comentários de Ahmadinejad são uma resposta ao convite dos EUA e da União Europeia para conversações diretas a fim de resolver o impasse sobre as ambições nucleares do país. A declaração da administração Obama de que se juntará às conversações diretas marcou um contraste com a política do ex-presidente americano George W. Bush, que rejeitava o diálogo com a república islâmica.
Ahmadinejad disse que as conversações passadas com as nações europeias fracassaram porque "elas insistiam em parar nossas atividades pacíficas, tentavam impor isso. Estava claro que o povo iraniano não aceitaria isso", disse. "A nação iraniana sempre esteve aberta ao diálogo", disse o presidente do Irã. "Mas o diálogo precisa ser baseado na justiça e respeito aos direitos. A justiça significa que ambos os lados são tratados com equidade e os direitos bilaterais são respeitados", ele afirmou.
As Nações Unidas pediram ao Irã que suspenda o enriquecimento de urânio, um processo necessário para produzir combustível nuclear, mas que também possibilita fabricar o material necessário para construir uma bomba atômica. O Irã nega qualquer intenção de construir uma bomba atômica.
O Irã enriqueceu urânio pela primeira vez em 2006. Desde então, acredita-se que o país já tenha urânio suficiente para construir uma bomba.



