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Prisão de Evin é local de encarceramento de dissidentes políticos; agência estatal informou que os quatro mortos estavam presos por acusações de roubo
Prisão de Evin é local de encarceramento de dissidentes políticos; agência estatal informou que os quatro mortos estavam presos por acusações de roubo| Foto: EFE/EPA/STRINGER

A agência de notícias estatal Irna informou neste domingo (16) que o incêndio registrado no sábado (15) na prisão de Evin, no norte da capital iraniana, Teerã, resultou na morte de quatro detentos. Outros 61 ficaram feridos. O fogo teria começado após um tumulto dentro da unidade.

De acordo com a mídia estatal, 51 dos feridos foram tratados imediatamente e os outros dez foram hospitalizados. A Irna informou que os quatro presos mortos no incêndio estavam detidos por acusações de roubo.

No sábado, vídeos postados nas redes sociais mostraram fogo e uma grande nuvem de fumaça na unidade, onde são encarcerados dissidentes políticos e que é conhecida pelas violações a direitos humanos dos presos. Relatos também publicados nas mídias sociais destacaram que tiros foram ouvidos e forças especiais iranianas foram enviadas para a região.

Agnes Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional, pediu investigação independente sobre o tumulto na prisão de Evin.

“A comunidade internacional deve convocar uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para criar um mecanismo de investigação e responsabilização sobre o governo do Irã e as autoridades religiosas pelos muitos crimes contra o povo iraniano”, escreveu no Twitter, retuitando uma mensagem que ela mesma havia postado na véspera lembrando que “as autoridades [iranianas] têm a obrigação legal de respeitar e proteger a vida e o bem-estar de todos os presos [em Evin]”.

No sábado, a Irna havia apontado que a promotoria de Teerã “reiterou que os confrontos dentro da prisão de Evin neste sábado não têm nada a ver com os recentes distúrbios no país”.

O Irã vive uma onda de manifestações desde a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos da cidade curda de Saqez que morreu em 16 de setembro em Teerã após ser presa e agredida por policiais por “uso inadequado” do hijab.

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