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Condenação

Irã pede justiça pela morte de cientista

Ahmadinejad cumprimenta o presidente cubano Raúl Castro | Adalberto Roque/AFP
Ahmadinejad cumprimenta o presidente cubano Raúl Castro (Foto: Adalberto Roque/AFP)

O assassinato de um cientista nuclear iraniano provocou profunda irritação no Irã. Ontem, o governo iraniano exigiu que a ação receba forte condenação da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em carta enviada do Conselho de Segurança da ONU, Teerã disse que tem evidências de que "quartéis estrangeiros" estiveram por trás do assassinato do cientista Mustafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, ocorrido na quarta-feira.

O Irã também deu sinais de que poderá suavizar sua posição a respeito do programa nuclear. Diplomatas disseram, no final da tarde de ontem, que o Irã concordou em discutir as acusações de que trabalhou secretamente um viés armamentista em seu programa nuclear. Segundo os diplomatas, essa questão será discutida em 28 de janeiro em Teerã, durante uma visita de inspetores da Agência Internacional de Ener­­gia Atômica (AIEA).

Roshan, que era vice-diretor da instalação de enriquecimento de urânio de Natanz, morreu quando dois homens numa mo­­tocicleta passaram por seu carro, preso no trânsito da hora do rush em Teerã, e colocaram uma bomba com um ímã no veículo. A ex­­plosão também matou o motorista e guarda-costas de Roshan e feriu um terceiro ocupante do Peugeot 405. O governo dos Es­­tados Unidos negou qualquer responsabilidade sobre o evento.

O ataque foi semelhante a ou­­tros quatro ocorridos em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, dos quais pelo menos dois também trabalhavam no controverso programa nuclear iraniano, morreram e outro, que atualmente lidera a organização de energia atômica do país, escapou por pouco de um ataque.

Muitos meios de comunicação iranianos criticaram o silêncio do Ocidente a respeito dos assassinatos e os mais conservadores sugeriram uma ação contra Israel.

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