O Irã proibiu o acesso a suas instalações nucleares de 38 inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em represália à resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o país, informou nesta segunda-feira (22) o presidente da comissão parlamentar de Segurança Nacional, Alaeddin Borujerdi.
"A comissão decidiu não permitir a entrada de 38 inspetores no Irã e esta restrição foi oficialmente notificada à AIEA", disse Borujerdi.
A comissão especial foi criada após a adoção, em 23 de dezembro, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas da resolução 1737, que pune os programas nucleares e balísticos iranianos pela recusa de Teerã em suspender as atividades de enriquecimento de urânio.
"É o primeiro passo destinado a limitar a cooperação com a agência da ONU de segurança nuclear", acrescentou Borudjerdi.
Em 27 de dezembro do ano passado, o parlamento iraniano aprovou um projeto de lei que exigia a revisão da cooperação do governo com a AIEA por causa da resolução que possibilita as sanções.
Borudjerdi não divulgou detalhes sobre a lista de inspetores, mas disse que a mesma não foi estabelecida a partir de um critério de nacionalidade.
Os inspetores da AIEA visitam regularmente as instalações nucleares iranianas, já que o Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
Muitos países temem que o programa nuclear civil iraniano, que ainda está no nível de pesquisas, seja usado para fins militares. Teerã sempre negou ter esta intenção.
