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O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou nesta quarta-feira uma resolução "ilegal" da agência nuclear das Nações Unidas contra as atividades nucleares iranianas, informou a televisão estatal do país islâmico.

Ahmadinejad também disse que Israel não poderá fazer "droga nenhuma" para impedir a república islâmica de levar adiante seu programa nuclear, que o Ocidente desconfia ser uma fachada para a produção de bombas. O Irã nega a acusação.

"Sob a pressão de alguns poucos países superficialmente poderosos... a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução ilegal contra a nação iraniana", disse Ahmadinejad da cidade de Isfahan, na região central do país, em discurso transmitido pela televisão iraniana.

Na sexta-feira passada a AIEA aprovou uma resolução censurando o Irã por ter construído sigilosamente uma segunda usina de enriquecimento de urânio nas proximidades da cidade de Qom, além da usina monitorada pela AIEA em Natanz, e exigiu que a construção fosse suspensa.

Teerã rejeitou a exigência e disse no domingo que vai construir outras dez usinas de enriquecimento de urânio. A resolução da AIEA foi aprovada por todos os países-membros do Conselho de Segurança da ONU, inclusive Rússia e China, parceiros comerciais do Irã.

Israel, que o Irã se nega a reconhecer como Estado, já declarou que um Irã dotado de armas nucleares seria uma ameaça a sua existência. Isso levanta receios de que o governo israelense possa lançar um ataque militar contra usinas nucleares iranianas.

O presidente norte-americano, Barack Obama, disse preferir que a disputa nuclear com o Irã seja resolvida pela diplomacia, mas não excluiu a possibilidade de outras opções.

Ahmadinejad disse que Israel não poderá prejudicar o Irã e excluiu a possibilidade de mais negociações em torno do seu programa nuclear.

"O regime sionista (Israel) e seus defensores (ocidentais) não poderão fazer droga nenhuma para sustar os trabalhos nucleares do Irã", disse Ahmadinejad a uma multidão, entre gritos de "Morte a Israel" e "Morte à América".

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