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O líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Ayyb al-Masri, foi morto na terça-feira num confronto entre insurgentes no norte de Bagdá, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior, mas militares norte-americanos disseram não poder confirmar a informação.

É crescente a tensão entre os islâmicos sunitas da Al Qaeda e outros grupos insurgentes árabes sunitas, devido à matança indiscriminada de civis pela Al Qaeda e a imposição de um tipo mais severo de islamismo nas regiões dominadas pelo grupo.

Se for verdade, a morte de Abu Ayyb al-Masri indica um racha profundo num momento em que o governo xiita do primeiro-ministro Nuri al-Maliki tenta atrair alguns grupos insurgentes ao processo político.

O porta-voz do ministério do Interior, brigadeiro-general Abdul Kareen Khalaf, disse que Masri foi morto numa batalha próxima a uma ponte, na cidadezinha de al-Nibayi, ao norte de Bagdá.

Khalaf e outra fonte do Ministério do Interior disseram que as autoridades iraquianas não têm o corpo de Masri, mas, segundo a fonte, "nosso pessoal viu o corpo".

O vice-primeiro-ministro iraquiano, Barham Salih, disse à Reuters ter sido informado de que a morte de Masri ocorreu na segunda-feira.

A outra fonte do Ministério do Interior disse que Masri, que seria egípcio, foi morto no que ele descreveu como "provavelmente um acerto de contas interno da Al Qaeda".

Militares dos EUA verificam as informações, afirmou o tenente-coronel Christopher Gaver. "Estamos discutindo com os iraquianos como eles obtiveram essa informação. Se tivermos um corpo, realizaremos testes de DNA, e isso levará vários dias. Se não houver um corpo, as coisas ficarão mais difíceis", disse.

Guerra civil

Em fevereiro, fontes do Ministério do Interior disseram que Masri havia sido ferido num tiroteio ao norte de Bagdá, mas tais informações eram falsas. Também houve relatos em outubro de que ele havia sido morto, novamente incorretos.

Masri, também conhecido como Abu Hamza al-Muhajir, assumiu a liderança da Al Qaeda no Iraque depois que o militante jordaniano Abu Musab al-Zarqawi foi morto num ataque aéreo dos EUA em junho de 2006.

As autoridades esperavam que a morte de Zarqawi enfraquecesse a Al Qaeda, mas ele rapidamente foi substituído por Masri, e os ataques do grupo continuaram.

Os EUA e o Iraque acusam a Al Qaeda de tentar levar o Iraque a uma guerra civil aberta, entre a maioria xiita e a minoria árabe sunita, por meio de atentados com carros bomba que já mataram milhares de pessoas.

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