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Conflito no golfo

Iraque declara “início do fim” do terrorismo da Al Qaeda

Bagdá – As forças de segurança iraquianas declararam ontem o "início do fim" da rede terrorista Al Qaeda. A sentença, anunciada por um conselheiro da segurança nacional, Mowaffaq al-Rubaie, se embasa em informações levantadas no local em que o líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, foi morto há uma semana, perto de Baquba (centro).

As tropas encontraram um laptop, um disco rígido portátil e documentos. Segundo avaliação das forças iraquianas e do Exército dos Estados Unidos (que ocupam o Iraque desde 2003), o material mostra que a Al Qaeda está em crise. Alem disso, revela segredos dos terroristas.

Segundo Rubaie, os papéis mostram o funcionamento da rede terrorista e o paradeiro de seus líderes. Ele argumenta que esses dados serão essenciais para a localização de outros terroristas, entre eles o sucessor de Zarqawi, identificado ontem como Abu Ayyub al-Masri.

No início deste ano, o governo iraquiano já havia afirmado que a insurgência sunita havia sido "derrotada" pela administração xiita apoiada pelos Estados Unidos. No entanto, a violência continua.Terça-feira, um dia após fazer uma visita-surpresa ao Iraque, o presidente norte-americano, George W. Bush, admitiu que esperar a eliminação total da violência no país "não é razoável". Por outro lado, a morte de Zarqawi foi apresentada pelos Estados Unidos e pelo Iraque como uma "grande vitória".

"Nós acreditamos que a Al Qaeda foi pega de surpresa", disse Rubaie. "O governo agora trabalha para destruir a rede e dar fim a essa organização no Iraque."

Infiltração

Parte dos documentos da Al Qaeda chegou a ser divulgada e traduzida, mas sua autenticidade não foi confirmada. Segundo esses textos, os terroristas querem se infiltrar nas tropas estrangeiras, provocar divisões internas, além de criar conflitos entre xiitas e fora do Iraque – em países como o Ir㠖 para desviar a atenção dos Estados Unidos. Outra estratégia seria ampliar seu número de membros.

A própria identificação do novo líder da rede no Iraque mostra que destruir a Al Qaeda no Iraque não deve ser fácil. Masri, o novo "príncipe" do terror, seria terrorista desde 1982. Os Estados Unidos dizem que ele era do Jihad Islâmico, já comandado pelo atual "braço-direito" de Osama bin Laden, o egípcio Ayman al Zawahiri. O substituto de Zarqawi é definido como um "especialista em explosivos e na construção de carros-bomba", treinado no Afeganistão e com expeirência em solo iraquiano. Sua cabeça valia uma recompensa de US$ 250 mil, mas agora os EUA pensam em elevar esse valor.

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