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Oriente Médio

Iraque faz pedido formal para que os EUA bombardeiem áreas insurgentes

Chancelaria iraquiana admite ter recorrido a Washington para conter avanço dos militantes sunitas, mas Obama ainda não decidiu o que fazer

Soldados fiéis ao clérigo xiita Moqtada al-Sadr marcham durante treino militar na cidade sagrada de Najaf: o Exército Mahdi também combate os terroristas sunitas que assombram o Iraque | Ahmad Mousa/Reuters
Soldados fiéis ao clérigo xiita Moqtada al-Sadr marcham durante treino militar na cidade sagrada de Najaf: o Exército Mahdi também combate os terroristas sunitas que assombram o Iraque (Foto: Ahmad Mousa/Reuters)

O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Hoshyar Zebari, afirmou ontem que Bagdá havia pedido formalmente aos Estados Unidos que bombardeiem as posições do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), dentro de cidades importantes no norte do país.

No entanto, autoridades dos EUA disseram que o presidente Barack Obama mudou de opinião sobre ataques aéreos como uma opção imediata, em parte porque não está claro se eles teriam o efeito desejado. Essa não é, no entanto, uma posição definida em Washington, que pode aprovar bombardeios limitados se alvos mais fortes emergirem.

Antes do encontro na Casa Branca, o líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, disse que os EUA não deveriam enviar tropas para o que ele classificou como "guerra civil" no Iraque.

"É hora de os iraquianos resolverem os problemas por si próprios", disse Reid, senador por Nevada. Contrariando os críticos que atribuem a atual violência no Iraque à retirada das tropas americanas, Reid disse "que aqueles que atacam o presidente Obama por trazer nossas tropas para casa estão errados e fora de sintonia com o povo americano. Os americanos já tiveram guerra o suficiente".

As declarações de Reid foram feitas antes da reunião na Casa Branca entre o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, o presidente da Câmara, John Boehner, e a líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi.

Recentemente, Obama des­­cartou a possibilidade de enviar novas tropas de combate para o Iraque, mas notificou ao Congresso que ordenou que 275 tropas norte-americanas dentro e ao redor do Iraque se posicionem e deem apoio e segurança aos interesses dos EUA.

Os altos funcionários da Casa Branca também estão sinalizando com a possibilidades de uma aliança com o Irã contra os insurgentes no Iraque, o que foi contestado por Boehner, que se opõe à aliança com Teerã alegando que a república islâmica patrocinou o terrorismo na região.

O Irã é também o principal aliado da Síria, onde luta ao lado de Bashar Assad contra os rebeldes em várias cidades do país.

Confiança

O chefe de gabinete do presidente Hassan Rouhani, Mohammad Nahavandian, disse ontem a repórteres em Oslo que Teerã poderia trabalhar em cooperação com os EUA para a resolução da crise de segurança no Iraque se as negociações sobre o seu programa nuclear forem bem-sucedidas. As conversações nucleares seriam um teste para a "construção de confiança".

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