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O Iraque começou a suspender na segunda-feira o toque de recolher imposto para evitar manifestações violentas de protesto contra a condenação de Saddam Hussein à morte.

Mais cinco soldados norte-americanos morreram, anunciaram as Forças Armadas dos Estados Unidos na véspera das eleições parlamentares, em que o descontentamento do público com a guerra no Iraque pode custar aos republicanos de George W. Bush o controle do Congresso.

Granadas de morteiro foram lançadas contra a Zona Verde de Bagdá, o complexo fortificado onde fica o tribunal que julgou Saddam Hussein.

O gabinete do primeiro-ministro afirmou que os automóveis poderão voltar a circular nas ruas da capital às 6h de terça-feira. Os pedestres já podiam se movimentar livremente por Bagdá.

Os toques de recolher contiveram a violência no domingo e na segunda, depois que o Alto Tribunal Iraquiano condenou Saddam à forca por crimes contra a humanidade.

O veredicto, que os norte-americanos esperavam que pudesse reconciliar o país, dividiu os iraquianos, sendo comemorado pelos muçulmanos xiitas, que eram reprimidos por Saddam, mas recebido como humilhação pelos sunitas.

Cerca de 200 manifestantes fizeram uma manifestação pró-Saddam na segunda-feira em Falluja, no oeste do Iraque. Mosul, no norte do país, também teve manifestações a favor de Saddam, assim como Samarra, que fica ao norte de Bagdá.

Autoridades norte-americanas rebateram as insinuações de que o veredicto foi divulgado antecipadamente, de forma deliberada, para ajudar a campanha do Partido Republicano nas eleições dos EUA. O porta-voz do presidente George W. Bush, Tony Snow, chamou a insinuação de ``absolutamente ridícula''. A versão por escrito do veredicto só deverá ser divulgada daqui a vários dias.

O recurso automático contra a sentença significa que a execução não vai acontecer ainda este ano. Saddam foi condenado pelo assassinato, pela tortura e pela prisão de centenas de xiitas da cidade de Dujail, depois de um atentado frustrado contra sua vida.

Em Baquba, a nordeste de Bagdá, duas pessoas morreram e seis ficaram feridas no domingo, quando a polícia abriu fogo contra manifestantes pró-Saddam.

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