
O governo iraquiano informou ontem ter tomado alguns distritos ao redor de Tikrit em sua luta para libertar a cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein do controle do Estado Islâmico (EI). Cerca de 30 mil soldados iraquianos iniciaram ontem uma grande operação militar para tomar Tikrit e áreas vizinhas do poder do grupo extremista. O ataque conta com apoio de caças, policiais, uma unidade antiterrorista, voluntários controlados pelo governo e milícias sunitas e xiitas.
A ofensiva é a maior operação realizada pelo governo iraquiano para recuperar um dos principais redutos do Estado Islâmico. Segundo fontes contaram à rede britânica BBC, as forças iraquianas retomaram os distritos de al-Tin e al-Abeid, respectivamente a nordeste e a oeste da cidade. Combates também foram registrados em al-Alam, ao norte de Tikrit, e Qadisiya. Pelo menos cinco soldados e 11 militantes morreram.
As tropas iraquianas também avançavam pelas estradas próximas para impedir a fuga dos jihadistas. Segundo o Pentágono, o Iraque não pediu apoio à coalizão internacional para o ataque.
Tikrit, cerca de 130 quilômetros ao norte de Bagdá, foi tomada no ano passado pelo Estado Islâmico junto com Mossul, segunda maior cidade do Iraque, e outras áreas no território predominantemente sunitas.
Execuções
O Estado Islâmico divulgou ontem um vídeo com a execução de quatro sunitas em Tikrit. Eles eram acusados de serem espiões.
No domingo, militantes do EI libertaram 19 de seus reféns cristãos assírios, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Pelo menos 220 — algumas fontes falam em até 350 — pessoas haviam sido sequestradas na província de al-Hassakah, no Norte da Síria, no dia 23. Um dia antes, a organização havia informado que 29 seriam soltos.



