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Egito

Irmandade Muçulmana acusa líder militar de incentivar guerra civil

General Al-Sisi pediu apoio da população para combater protestos dos apoiadores de Mursi; islâmicos dizem que não vão recuar

Apoiadores de Mursi descansam perto de um pôster rasgado do ex-presidente, perto da mesquita de Raba El-Adwyia, no Cairo | Asmaa Waghih/Reuters
Apoiadores de Mursi descansam perto de um pôster rasgado do ex-presidente, perto da mesquita de Raba El-Adwyia, no Cairo (Foto: Asmaa Waghih/Reuters)
Nos conflitos, carro-bomba no Sinai matou seis pessoas |

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Simpatizantes de Mursi anunciam 34 marchas para amanhã. Protestos serão

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Simpatizantes de Mursi anunciam 34 marchas para amanhã. Protestos serão

A Irmandade Muçulmana acusou ontem o chefe do Exército do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, de incentivar uma guerra civil no país e denunciou que "os golpistas" são os responsáveis pela violência e pelo terrorismo.

Em comunicado transmitido pela tevê estatal, Al-Sisi pediu que, nesta sexta-feira, sejam realizados protestos em todo o país a fim de dar aos militares um mandato para confrontar o que ele chamou de violência e terrorismo após a deposição do presidente islâmico Mohamed Mursi.

"Peço [...] que todos os egípcios honestos e confiáveis saiam às ruas [...] e me deem o mandato e a ordem para que eu combata a violência e o potencial terrorismo", afirmou Al-Sisi.

"É um chamado para uma guerra civil que derrama o sangue nas ruas", respondeu a Irmandade.

O grupo islamita ressaltou que "aqueles que apoiam a legitimidade e rejeitam o golpe de Estado se comprometem firmemente com as manifestações pacíficas".

"Os que exercem a violência e o terrorismo são os dirigentes do golpe de Estado, a polícia, seus franco-atiradores e seus pistoleiros", afirmou.

Em seu texto, os muçulmanos chamam o general de "traidor" e o responsabilizam por "cada gota de sangue derramada" e por aprofundar a divisão nacional.

O comunicado lembrou que, desde o golpe militar, dezenas de pessoas morreram e centenas foram detidas, enquanto eram feitas "acusações falsas" contra líderes islamitas.

Também lamentou o fato de Al-Sisi supostamente dar conselhos a Mursi, mas não "ao outro bando que queria o fracasso do presidente e destruição das instituições democráticas".

"Isso demonstra que a intenção do golpe existia havia muito tempo e foi apoiada pelo Ocidente e pelos países do Golfo", disse a Irmandade.

Horas antes, o dirigente islâmico Esam al-Arian afirmou que as ameaças de Al-Sisi não vão impedir que "milhões" de seguidores de Mursi continuem com seus protestos. Arian assegurou que as concentrações em favor da restituição de Mursi serão "maciças e contínuas".

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