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Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, destacou que o secretário-geral da ONU não convocou o Conselho de Segurança para declarar o Hamas um grupo terrorista após divulgação de relatório
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, destacou que o secretário-geral da ONU não convocou o Conselho de Segurança para declarar o Hamas um grupo terrorista após divulgação de relatório| Foto: EFE/EPA/RONALD WITTEK

Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, convocou o embaixador do país nas Nações Unidas para consultas, alegando que o órgão tentou “silenciar” um relatório sobre violência sexual durante o ataque do grupo terrorista palestino Hamas contra o país no dia 7 de outubro do ano passado.

“Ordenei que nosso embaixador na ONU, Gilad Erdan, retornasse a Israel para consultas imediatas sobre a tentativa de silenciar o sério relatório da ONU sobre as violações massivas cometidas pelo Hamas e seus colaboradores em 7 de outubro”, escreveu o chanceler em sua conta na rede social X (ex-Twitter).

“O secretário-geral da ONU [António Guterres] não convocou o Conselho de Segurança à luz das conclusões [do relatório] para declarar o Hamas uma organização terrorista e impor sanções aos seus apoiadores”, acrescentou.

Em mensagem separada, Katz pediu a Guterres que o Hamas seja “reconhecido globalmente como uma entidade terrorista e que as nações que o apoiam sejam rotuladas como patrocinadoras do terrorismo”.

Alguns dos países ou blocos que consideram o Hamas um grupo terrorista são Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Em 7 de outubro, o Hamas realizou um ataque contra Israel que incluiu o disparo de milhares de foguetes e a infiltração simultânea de cerca de 3  mil combatentes que massacraram cerca de 1,2 mil pessoas em cidades próximas à Faixa de Gaza e sequestraram outras 250, das quais cerca de cem ainda estão vivas no território palestino, de acordo com autoridades israelenses.

As Nações Unidas divulgaram hoje um relatório sobre a violência sexual praticada pelo Hamas durante o ataque, depois que o governo israelense criticou duramente a organização por sua reação tardia à questão.

A representante especial da ONU sobre Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten, encontrou “informações claras e convincentes de que alguns reféns foram estuprados” e acredita “que tal violência pode estar em andamento contra aqueles que ainda estão sequestrados”.

Acompanhada por uma delegação de especialistas, Patten visitou Israel e Cisjordânia durante duas semanas e meia no início de fevereiro.

“A equipe da missão constatou que há motivos razoáveis para acreditar que a violência sexual relacionada ao conflito ocorreu em vários locais durante os ataques de 7 de outubro, incluindo estupro e estupro coletivo”, diz o relatório.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel expressou sua “satisfação com o reconhecimento explícito por um funcionário da ONU da prática de crimes sexuais pelo Hamas”, enfatizando que é a primeira vez que isso acontece.

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