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Um soldado israelense num túnel de acesso perto do hospital Al Shifa
Um soldado israelense num túnel de acesso perto do hospital Al Shifa| Foto: EFE/ Pablo Duer

O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira (18) ter eliminado um suposto alto funcionário do Hamas, Faiq Mabhouch, em sua operação no interior do hospital Shifa, na cidade de Gaza, iniciada durante a madrugada, na qual também morreu um soldado de suas fileiras.

Mabhuoch era o chefe da segurança interna da milícia, responsável, entre outras coisas, pela coordenação das atividades do grupo terrorista na Faixa de Gaza, informou Israel em comunicado. “Faiq Mabhouch foi eliminado em um encontro com as tropas enquanto estava armado e escondido em um complexo do hospital Shifa, de onde operava e promovia atividades terroristas”, disse o comunicado militar.

O Exército observou que na operação, realizada em conjunto com o serviço de inteligência Shin Bet, foram encontradas inúmeras armas na sala adjacente ao local onde ele foi “eliminado”.

Fontes palestinas alegaram à Agência EFE que Mabhouch era um "simples agente da polícia" encarregado de vigiar os caminhões de ajuda que chegavam à cidade de Gaza até que seu conteúdo fosse descarregado em armazéns da UNRWA, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, a quem Israel tem acusado repetidamente de ter ligações com o Hamas.

Na troca de tiros entre tropas de Israel e membros do Hamas no local, o sargento Matan Vinogradov, de 20 anos, da Brigada Nahal, foi morto, elevando para 250 o número de baixas nas fileiras israelenses desde o início da ofensiva terrestre dentro do enclave.

O Exército israelense entrou, na madrugada desta segunda, com tanques e franco-atiradores, no hospital Shifa, o mais importante do enclave, pela quarta vez desde o início da guerra.

“Após informações de inteligência que indicam a presença de terroristas na área do hospital de Shifa e sua utilização para realizar atividades terroristas, as forças estão realizando uma operação precisa para frustrar a atividade terrorista e prender os envolvidos nas instalações do hospital”, disse o Exército de Israel para informar sobre a operação.

Até o momento, Israel afirma ter detido 80 suspeitos de terrorismo naquele centro, onde o Exército assegura que os membros do Hamas se reagruparam.

Em novembro do ano passado, a inteligência de Tel Aviv revelou que o grupo terrorista islâmico utiliza hospitais em Gaza como cobertura “para sua infraestrutura terrorista”. A declaração foi dada pelo principal porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, em uma entrevista coletiva na qual mostrou imagens, áudios e vídeos que comprovam a estratégia terrorista de usar hospitais e outras instalações civis como abrigo.

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