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O gabinete de segurança de Israel, responsável pela ofensiva na Faixa de Gaza, aprovou por unanimidade, neste domingo (4), a expansão das operações contra o Hamas no enclave palestino, bem como um plano para retomar o acesso à ajuda humanitária, segundo informou nesta segunda-feira (5) a imprensa local.
De acordo com o jornal Times of Israel, a nova estratégia, apresentada pelo Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), Tenente-General Eyal Zamir, defende a "conquista de Gaza e a manutenção dos territórios".
O plano prevê que as FDI controlem o território em Gaza, movam a população civil para o sul, ataquem o Hamas e impeçam o grupo terrorista de assumir o controle da ajuda humanitária.
O gabinete aprovou um segundo plano para retomar o acesso de ajuda humanitária a Gaza, com novos recursos para evitar que alimentos e combustível sejam roubados pelo Hamas.
A previsão é de que a nova operação seja implementada após a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Oriente Médio, na semana que vem. Segundo a imprensa israelense, até a data, os esforços continuarão focados na expectativa de um cessar-fogo e de um acordo para libertação de reféns.
O gabinete aprovou a medida por unanimidade, embora várias divergências tenham surgido durante a reunião, tanto em relação à abordagem das operações em Gaza quanto à oposição de alguns ministros em permitir que alimentos, remédios e outros bens essenciais retornassem ao território palestino após um bloqueio de mais de dois meses.
A emissora pública Kan informou neste domingo que o plano será implementado gradualmente e se concentrará, de início, em uma área específica do enclave palestino, não especificado, antes de ser ampliado para outros lugares.
Houthis ameaçam Israel com novos ataques contra aeroportos
Os rebeldes houthis do Iêmen, patrocinados pelo Irã, anunciaram nesta segunda-feira que irão "impor um bloqueio aéreo global" a Israel por meio de ataques contra os seus aeroportos, particularmente “o de Lod, chamado de Ben Gurion pelos israelenses", e pediram que as companhias aéreas internacionais cancelassem os seus voos para esse destino "para preservar a segurança dos seus aviões e dos seus clientes".
“Aconselhamos todas as companhias aéreas internacionais a levar em conta este comunicado desde o momento em que foi publicado, cancelando todos os voos para os aeroportos do inimigo criminoso para proteger a segurança de seus aviões e de seus clientes”, disse o porta-voz militar houthi, Yahya Sarea.
O grupo terrorista esclareceu que a ação é uma resposta à decisão do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de expandir “operações hostis” na Faixa de Gaza, bem como aos “ataques do inimigo israelense contra países árabes, como o Líbano”.




