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As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam nesta sexta-feira (29) um depósito de drones do grupo terrorista Hezbollah, localizado no bairro de Hadahiya, na região sul de Beirute, capital do Líbano. Segundo o Exército israelense, a ação teve como alvo a unidade 127 do grupo islâmico, que havia sido removida anteriormente do sul do território libanês.
De acordo com as FDI, o local armazenava aeronaves não tripuladas fornecidas pelo regime islâmico do Irã e fazia parte da infraestrutura terrorista mantida deliberadamente em áreas densamente povoadas.
“O Hezbollah colocou sua infraestrutura terrorista no coração da população civil”, afirmou o comunicado militar. A prática, já denunciada diversas vezes por Israel, é apontada como uma estratégia dos terroristas libaneses para dificultar as operações israelenses, utilizando civis como escudos humanos. “Este é outro exemplo do uso cínico que faz a organização terrorista de cidadãos libaneses como escudos humanos”, reforçou o Exército.
Israel, por sua vez, deixou claro que continuará adotando medidas para impedir a consolidação de ameaças em sua fronteira norte. “As Forças de Defesa de Israel seguirão atuando para eliminar qualquer ameaça”, destacou o comunicado militar.
A ofensiva foi a primeira realizada por Israel em Beirute desde o fim do cessar-fogo com o Hezbollah assinado em novembro de 2024. O pacto, intermediado por Estados Unidos e França, previa a retirada de forças israelenses do sul do Líbano e o deslocamento de terroristas do Hezbollah ao norte do rio Litani.
O atual líder da organização, Naim Qassem, advertiu neste sábado (29) que, se os ataques israelenses ao território libanês continuarem e o governo de fato do Líbano não agir para “detê-los”, o Hezbollah “eventualmente recorrerá a outras alternativas”.
