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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN

O governo de Israel confirmou que recebeu uma lista com os nomes dos reféns mantidos pelo Hamas dentro da Faixa de Gaza que serão libertos nesta primeira troca, depois de chegar a um acordo com a milícia palestina, mediado pelo Catar.

"Israel confirma que recebeu uma lista preliminar de nomes. Funcionários designados estão verificando os detalhes da lista e estão em contato com todas as famílias neste momento", disse um comunicado conciso do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Mais cedo, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar anunciou que a trégua de quatro dias entre Israel e as milícias islâmicas no enclave entrará em vigor às 7h (horário local, 2h em Brasília) desta sexta-feira (24), e que os primeiros 13 reféns serão libertos às 16h do horário local (21h, no horário de Brasília).

Depois que as partes concordaram com os termos do acordo na quarta-feira (22), esperava-se que o cessar-fogo para a libertação dos reféns entrasse em vigor hoje, mas acabou sendo adiado devido à necessidade de finalizar os detalhes.

O chefe da agência de inteligência israelense Mossad, David Barnea, viajou para o Catar na noite passada para resolver essas pendências e receber a lista de 50 reféns do Hamas a serem entregues nos próximos quatro dias, todos eles mulheres e crianças, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinos, também mulheres e crianças.

De acordo com o pacto, o Hamas libertará entre 10 e 13 reféns todos os dias durante os quatro dias do cessar-fogo, até chegar a 50, quando então Israel libertará os palestinos.

Se tudo correr bem, a trégua poderá ser estendida para um máximo de dez dias, permitindo que o Hamas devolva 150 dos cerca de 240 reféns que mantém em cativeiro e que Israel libere até 300 palestinos.

As Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, também confirmaram que uma "trégua humanitária" de quatro dias começará amanhã às 2h (horário de Brasília), permitindo a "troca de prisioneiros".

"A trégua durará quatro dias, a partir da manhã de sexta-feira, acompanhada pela cessação de todas as ações militares das Brigadas al-Qasam da resistência palestina e do inimigo sionista durante esse período. Para cada prisioneiro sionista, três prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças serão libertos", detalhou um comunicado do grupo.

A ala militar do Hamas também confirmou que o acordo prevê a entrada diária de 200 caminhões de suprimentos médicos a serem distribuídos por toda a Faixa de Gaza, bem como a distribuição diária de quatro caminhões de combustível.

Como parte do acordo, Israel também se comprometeu a suspender a vigilância aérea por drones sobre a Faixa durante seis horas por dia, das 10h às 16h locais, no norte do enclave, e durante todo o dia no sul.

Além disso, a Cruz Vermelha terá permissão para entrar no enclave para prestar assistência médica aos reféns ainda não libertos, em sua maioria soldados e homens civis, que não estão incluídos nessa primeira onda de libertações, que também não inclui a entrega de corpos.

Das mais de 240 pessoas que os terroristas do Hamas sequestraram durante seu ataque brutal em solo israelense em 7 de outubro, quatro mulheres já foram liberadas por "razões humanitárias" - uma mãe e uma filha americanas e duas idosas israelenses; um soldado foi resgatado pelo Exército e os corpos de dois reféns, um soldado de 19 anos e uma mulher de 65 anos, foram encontrados dentro da Faixa de Gaza. (Com agência EFE)

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