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Destruição em Rafah, onde Israel por enquanto tem realizado apenas ataques aéreos
Destruição em Rafah, onde Israel por enquanto tem realizado apenas ataques aéreos| Foto: EFE/EPA/HAITHAM IMAD

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, insistiu nesta sexta-feira (22), em uma reunião com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em sua intenção de expandir a ofensiva terrestre até Rafah, extremo sul da Faixa de Gaza, como “a única maneira de derrotar o Hamas”.

“Hoje me reuni com o secretário de Estado dos EUA. Disse a ele que aprecio muito o fato de estarmos juntos há mais de cinco meses na guerra contra o Hamas e que reconhecemos a necessidade de evacuar a população civil das zonas de guerra e, é claro, de atender às necessidades humanitárias. Estamos trabalhando nisso”, disse Netanyahu em mensagem de vídeo.

Blinken chegou a Tel Aviv esta manhã em sua sexta viagem pelo Oriente Médio desde o início da guerra na Faixa de Gaza para pressionar por um acordo de trégua e uma troca de reféns por prisioneiros palestinos, bem como para permitir a entrada de mais ajuda humanitária no território.

“Eu também disse a ele que não temos como derrotar o Hamas sem ir a Rafah e eliminar o restante dos batalhões de lá. Comentei que espero ter o apoio dos EUA, mas, se necessário, faremos isso sozinhos”, disse Netanyahu.

Rafah é atualmente o lar de mais de 1,4 milhão de pessoas deslocadas pela guerra, mais da metade da população de Gaza; Israel afirma ter um plano, ainda não revelado, para evacuar a população civil.

Em nota, o Departamento de Estado americano apontou que, na reunião com Netanyahu, Blinken “reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel e com a derrota definitiva do Hamas, incluindo em Rafah”.

Porém, segundo o comunicado, o secretário também debateu esforços para chegar a um acordo para um cessar-fogo de pelo menos seis semanas.

“O secretário Blinken enfatizou a necessidade de proteger os civis em Gaza e de aumentar e sustentar a assistência humanitária, inclusive através de rotas terrestres e marítimas. Ele também informou o Gabinete de Guerra sobre as suas consultas em Jeddah [Arábia Saudita] e no Cairo [onde esteve antes de viajar a Israel] sobre os esforços para alcançar uma paz e segurança duradouras para Israel, o povo palestino e a região em geral”, informou a nota.

Em seguida, Blinken se reuniu com famílias dos cerca de 130 reféns que o Hamas ainda mantém em Gaza. Os familiares agradeceram pelo encontro e pediram, em comunicado, “a todas as partes” para que exerçam “pressão máxima para garantir um acordo para a libertação rápida e segura dos nossos entes queridos”.

Os EUA apresentaram nesta sexta-feira, pela primeira vez, uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU para pedir um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, depois de ter vetado três vezes resoluções nesse sentido, embora desta vez ela tenha sido vetada por China e Rússia, que alegaram que o texto tinha “vocabulário enganoso”, por considerarem que o pedido de cessar-fogo não era claro. (Com Agência EFE)

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