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Israel não permitirá que o navio de ajuda enviado por um grupo líbio chegue à Faixa de Gaza, afirmou neste domingo o ministro do Exterior de Israel, Avigdor Lieberman, pouco mais de um mês após nove ativistas terem morrido em uma ofensiva israelense a um comboio humanitário de missão similar.

"Eu digo de forma muito clara: nenhum navio chegará a Gaza. Nós não permitiremos que nossa soberania seja prejudicada", disse Lieberman a uma rádio, referindo-se ao bloqueio naval de Israel ao território Palestino controlado pelo Hamas.

O navio com bandeira moldávia Amalthea, que foi renomeado Hope ("Esperança" em inglês), deixou a Grécia neste sábado (10) em direção à Faixa de Gaza, em viagem organizada por uma entidade beneficente presidida pelo reformista Saif al-Islam Gaddafi, filho do líder líbio Muammar Gaddafi.

O grupo informou que a embarcação vai levar cerca de 2 mil toneladas de alimentos e remédios, em acordo com as regras internacionais.

Os organizadores da missão disseram que o navio com 12 tripulantes e até 10 ativistas a bordo seguirá para Gaza, mas que irá ao porto egípcio de El-Arish se for proibido de chegar a seu destino, após uma viagem que deve durar entre 70 e 80 horas.

"Eu espero que o bom senso prevaleça e que o navio vá a El-Arish, ou que ele (o navio) obedeça as Forças de Defesa de Israel e, no fim, vá a Ashdod (porto israelense)", disse Lieberman.

O bloqueio de Israel à Faixa de Gaza tem sido criticado internacionalmente desde o ataque militar do país a um comboio humanitário em 31 de maio, matando nove ativistas turcos pró-Palestina. Israel alega que as tropas enviadas agiram em defesa própria após tripulantes terem as atacado com varas de metal e facas.

A Organização das Nações Unidas diz que o bloqueio gerou uma crise humanitária para os 1,5 milhões de habitantes que vivem em Gaza. Cerca de 1 milhão de palestinos dependem de fornecimentos regulares da ONU e de ajuda internacional trazida por via terrestre após a inspeção israelense.

Após a invasão do navio em maio, fato que causou indignação mundial, Israel anunciou medidas para aliviar o bloqueio e abriu um inquérito sobre o incidente.

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