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Israel e os Estados Unidos irão realizar seu maior exercício conjunto de defesa aérea na próxima semana, disseram autoridades, testando interceptadores de mísseis que servirão como um escudo estratégico em um eventual confronto com o Irã.

As manobras entre os dias 12 e 16 de outubro, apelidadas de Juniper Cobra, serão supervisionadas pelo almirante Mark Fitzgerald, chefe da Sexta Frota da Marinha dos EUA e o mais experiente oficial norte-americano a se envolver no evento bianual, disse uma autoridade israelense nesta quinta-feira.

O primeiro Juniper Cobra aconteceu em 2001, quando os mísseis Scud do iraquiano Saddam Hussein ameaçavam Israel. Agora, o Irã e seu projeto nuclear são vistos como a maior ameaça, embora tanto Israel quanto EUA tenham minimizado ligações com seu exercício.

"Este exercício não tem relação nem é uma reação a qualquer evento mundial", disse a embaixada dos EUA em Tel Aviv em comunicado.

Entre as forças norte-americanas participantes estão 17 navios e pessoal em terra operando os interceptadores de mísseis Aegis e THAAD, que serão combinados com o sistema Arrow II de Israel em testes simulados de computador, disse a fonte oficial israelense.

Manobras conjuntas de tal escala sublinham a profundidade dos laços militares entre Israel e os EUA no momento em que Washington e cinco outras potências mundiais tentam capitalizar as inéditas negociações de 1o de outubro com o Irã.

A República Islâmica nega buscar a bomba nuclear, mas a falta de transparência sobre seus propósitos e a retórica de Teerã contra o Estado judeu despertaram temores de guerra.

Israel, que se supõe ter o único arsenal nuclear do Oriente Médio, insinuou a possibilidade de atacar o Irã se considerar a diplomacia um beco sem saída, mas alguns analistas acreditam que as limitações militares de Israel e a resistência norte-americana à ideia de ataques preventivos podem forçar os israelenses a uma postura mais defensiva com a ajuda de seu maior aliado.

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