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Israel não permitirá que o arqui-inimigo Irã desenvolva armas nucleares, seja qual for a composição do governo israelense, afirmou neste domingo o primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, antes de uma eleição nacional que marcará o fim de seu mandato.

Liderando a corrida para substituir o centrista Olmert na votação de terça-feira está o líder militarista da oposição Benjamin Netanyahu. Ele sugeriu que Israel, que acredita-se ser o único detentor de armas nucleares da região, pode atacar o Irã para destruir os recursos para a construção de uma bomba.

Embora o partido Likud, de Netanyahu, tenha de considerar a formação de um governo de coalizão com o Likud, mais moderado, e partidos trabalhistas, Olmert afirmou a uma delegação francesa em Israel que tais considerações seriam irrelevantes em relação à posição de Israel sobre o Irã.

"O primeiro-ministro enfatizou que Israel não tolerará um Irã nuclear, e que nesse assunto Israel não tem governo e oposição, e que nenhum governo futuro mudará a posição israelense," afirmou o gabinete de Olmert em comunicado.

Premiês israelenses tradicionalmente conseguem a aprovação de líderes da oposição para ações militares de maior importância, como foi o caso do bombardeio a um reator atômico no Iraque em 1981.

Para uma ação em 2007 que, segundo a CIA, teria destruído um reator sírio -- ação negada por Damasco -- Olmert primeiramente consultou Netanyahu.

Autoridades iranianas afirmam que suas ambições atômicas são pacíficas e ignoraram as ameaças de um ataque israelense. Embora as instalações nucleares iranianas sejam distantes, numerosas e fortificadas, alguns especialistas acreditam que Israel consiga realizar uma ofensiva.

Os Estados Unidos estão liderando esforços internacionais para frear o enriquecimento de urânio no Irã através de uma combinação de sanções e propostas diplomáticas, mas, como Israel, não descartou usar a força.

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