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Familiares de reféns israelenses do Hamas protestam em marcha dirigida a Jerusalém, no início de março de 2024
Familiares de reféns israelenses do Hamas protestam em marcha dirigida a Jerusalém, no início de março.| Foto: Abir Sultan/EFE

Israel não vai enviar uma delegação neste domingo ao Cairo devido à recusa do grupo terrorista islâmico Hamas em compartilhar sua lista de reféns vivos, segundo informaram fontes oficiais citadas pelos meios de comunicação israelenses. O governo israelense já tinha avisado que, se não recebesse mais informações sobre o estado de saúde das pessoas em cativeiro, não continuaria a negociar um cessar-fogo na Faixa de Gaza com o grupo palestino.

O Catar, principal mediador neste conflito, informou a Israel que o Hamas não compartilhava a lista exigida por Tel Aviv desde a semana passada. Uma delegação do Hamas chegou neste domingo ao Cairo para se reunir com os mediadores – Catar, Egito e Estados Unidos – e promover um acordo de trégua antes do Ramadã.

Os responsáveis ​​do Hamas se mostravam mais otimistas quanto à possibilidade de uma trégua, mas exigiam a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira passada que só enviaria uma delegação para negociar no Cairo se o Hamas divulgasse a lista de reféns ainda vivos desde o seu sequestro no último dia 7 de outubro, quando mais de 250 pessoas foram levadas para Gaza. No dia seguinte, o Hamas anunciou a morte de sete pessoas que estavam em cativeiro nas últimas semanas, mas divulgou a identidade de apenas três deles. O Hamas aumentou, assim, para 70 o número de reféns mortos “pelos bombardeios israelenses”, embora Israel só tenha confirmado a morte de 30, do total de 130 que ainda estão no interior do enclave palestino.

Os familiares dos reféns têm pressionado Netanyahu há meses para chegar a um acordo com o Hamas que permita a libertação dos seus entes queridos através de protestos e marchas. Neste sábado, mais de 15 mil israelenses chegaram a Jerusalém depois de quatro dias de marcha para protestar perto da residência do primeiro-ministro e exigir um acordo.

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