• Carregando...
Escola da ONU é atacada pelo Exército israelense, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza: pelo menos 6 pessoas morreram | Mohammed Abed/AFP
Escola da ONU é atacada pelo Exército israelense, em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza: pelo menos 6 pessoas morreram| Foto: Mohammed Abed/AFP

Hamas diz que manterá confronto

O "confronto" seguirá mesmo que Israel decrete um cessar-fogo unilateral na Faixa de Gaza, afirmou ontem um dirigente do movimento islâmico palestino Hamas, Osama Abu Hamdan. "Esse cessar-fogo unilateral não contempla a retirada" do Exército israelense e, "enquanto este permanecer em Gaza, continuarão a resistência e o confronto", disse Hamdan, representante do Hamas em Beirute, contatado por telefone no Cairo. Segundo ele, o cessar-fogo "é uma tentativa de evitar o plano egípcio" de trégua negociada.

Leia a matéria completa

Polícia e árabes-israelenses travam "guerra silenciosa"

Enquanto os olhos do mundo estão voltados para a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza, em Jerusalém Oriental e em dezenas de aldeias espalhadas por Israel uma guerra silenciosa vem sendo travada entre os cerca de 1,4 milhão de árabes com cidadania israelense e a polícia. Revoltados com a operação militar em Gaza, os chamados árabes-israelenses — terminologia aceita por alguns, mas rejeitada pela maioria — vêm tomando as ruas em ondas de protesto e manifestações contra a guerra sem serem notados pela imprensa internacional e deixando exposta uma crise de identidade.

Leia a matéria completa

Jerusalém - Israel estava pronto para declarar um cessar-fogo unilateral com o Hamas na Faixa de Gaza na noite de ontem, quando o gabinete de segurança do país, composto pelos principais ministros, se reuniria para tomar uma decisão sobre o futuro do conflito. A guerra entrou ontem em sua quarta semana.

A ideia do governo israelense é de fechar uma trégua unilateral, sem negociar com o grupo radical palestino Hamas, e em vez disso contando com o apoio dos Estados Unidos e do Egito para acabar com o contrabando de armas para Gaza – a preocupação do governo é que acabem os lançamentos de foguetes contra o sul de Israel, argumento inicial de Tel Aviv para esse conflito.

Uma fonte do governo israelense afirmou ao jornal Haaretz que a discussão com o Egito progrediu bastante nos últimos dias. Cairo é um personagem indispensável para os objetivos de Israel: fechar os túneis na fronteira entre Egito e Gaza e minar o rearmamento do Hamas.

Mortos

Enquanto a trégua não era declarada, os ataques continuaram ontem. Pelo menos seis palestinos morreram em bombardeios israelenses que atingiram um colégio da ONU em Gaza, em mais um episódio envolvendo Israel e as Nações Unidas.

Entre os mortos no ataque ao colégio estavam uma mulher e seu filho, que se abrigavam nesse centro da agência da ONU para o socorro aos refugiados (UNRWA), em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza.

Segundo fontes da agência das Nações Unidas, no momento do ataque, vários palestinos buscavam abrigo na escola devido à ofensiva militar israelense.

A rádio pública israelense informou que nas imediações do colégio foram registrados enfrentamentos entre forças israelenses e milicianos palestinos.

Outros três palestinos morreram no começo da manhã no nordeste da Cidade de Gaza, devido ao bombardeio de navios de guerra da Marinha israelense, que deixou também 11 pessoas feridas.

O ataque teve como alvo um grupo de casas conhecido como Al-Karama, que fica perto do campo de refugiados A-Shati.

Um porta-voz do exército israelense disse que os incidentes estão sendo investigados. Até agora os funcionários da ONU não se pronunciaram sobre as circunstâncias do bombardeio ao colégio.

* * * * * *

Interatividade

Israel está certo em declarar um cessar-fogo sem negociar com o Hamas?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br ou deixe o seu comentário abaixo.

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]