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Israel recrutou militantes da Jundallah, uma organização sunita paquistanesa que comete atentados no Irã, se fazendo passar pela CIA, a agência americana de inteligência, revela nesta sexta-feira (13) a revista Foreign Policy.

A operação foi descoberta por Washington em 2007 e irritou profundamente o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush (2001-2009).

A CIA descobriu que os agentes do Mossad, o serviço secreto israelense, realizaram atividades de recrutamento de membros do Jundallah, especialmente em Londres, se fazendo passar por agentes americanos.

A Jundallah (Exército de Deus) é uma organização sunita extremista que combate os xiitas e tem por base a província paquistanesa do Baluchistão.

As atividades do Mossad poderiam ter comprometido a frágil relação dos Estados Unidos com o Paquistão - oficialmente um aliado de Washington na luta contra a Al-Qaeda -, que foi pressionado pelo Irã para tomar medidas contra a Jundallah, destaca o Foreign Policy.

"Foi algo estúpido e perigoso. Acreditamos que Israel trabalha conosco e não contra nós. Se querem derramar sangue, que seja por sua conta", disse um agente americano citado pela revista.

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